Palop segura vitória
quarta-feira, 16 de maio de 2007
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RCD Espanyol 2-2 Sevilla FC (3-1 grandes penalidades)
O Sevilha conquistou pela segunda vez consecutiva a Taça UEFA, com Palop a defender três penalties.
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Numa final 100 por cento espanhola, o Sevilla FC levou a melhor sobre o RCD Espanyol, no desempate por grandes penalidades, num encontro disputado em Hampden Park, Glasgow, que terminou com um empate a duas bolas. Mesmo reduzido a dez elementos, o Espanhol conseguiu levar o jogo para as grandes penalidades, mas Andrés Palop segurou três remates e tornou-se no herói dos sevilhanos.
Duda na bancada
Vencedor da competição na época passada, o Sevilha, onde alinha o português Duda (ficou fora dos eleitos), sentiu algumas dificuldades nos instantes iniciais. Com uma entrada positiva, o Espanhol criou perigo logo no primeiro minuto, após livre de Iván De la Peña, do lado esquerdo, com Andrés Palop a sacudir. Contudo, aos três minutos, os sevilhanos causaram calafrios à defesa catalã, após uma iniciativa de Maresca, já no interior da área. O médio ganhou posição de remate e disparou com perigo à baliza de Gorka Iraizoz.
Espanhol responde
Aos poucos, os andaluzes começaram a controlar as operações a meio-campo e, aos seis minutos, o goleador Kanouté conseguiu cabecear, mas o remate do avançado do Mali saiu por cima. O Espanhol, por seu lado, um pouco mais recuado no terreno, ia tentando criar perigo através de contra-ataques rápidos, principalmente pelos flancos e, aos 13 minutos, Tamudo esteve perto de marcar, após cruzamento de David García. Aos 16, numa fase em que os catalães já tinham equilibrado as operações, foi a vez de Moisés levar perigo às redes contrárias, na sequência de um remate de longa distância. Palop efectuou uma defesa atenta.
Emoção e golos
Contudo, aos 18 minutos, Adriano deu vantagem aos sevilhanos, depois de um lançamento fantástico de Palop, que viria a ser o elemento decisivo desta final. O médio brasileiro recolheu o esférico e arrancou de forma imparável pelo lado esquerdo, tirando dois defesas do caminho e estabelecendo o 1-0 com um remate colocado, ao poste mais distante. Naturalmente moralizado pela vantagem obtida, o Sevilha continuou a dominar, mas o Espanhol chegou à igualdade aos 28 minutos, depois de uma arrancada de Riera pelo lado esquerdo. O médio catalão levou a melhor no duelo com Daniel Alves e, já em posição central, atirou a contar, com a bola a sofrer ainda um desvio no lateral brasileiro. Como curiosidade, nota para ambos os golos terem sido apontados por dois jogadores esquerdinos, com o pé direito.
Equilíbrio
O Sevilha procurou responder ao golo do Espanhol e, aos 36 minutos, Puerta esteve perto do golo, depois de um remate que embateu em Jarque e ia traindo Gorka. Aos 39 minutos foi a vez de Raúl Tamudo criar perigo, com um remate de fora da grande área, sem bem que Palop tivesse segurado sem problemas de maior. Aos 44 minutos, os sevilhanos desperdiçaram nova ocasião de golo, após cruzamento de Adriano. Luís Fabiano, antigo avançado do FC Porto, rematou de primeira, mas o esférico saiu muito por cima, com o jogo a caminhar para o intervalo com uma igualdade a uma bola.
Espanhol ameaça
Apontado por muitos como favorito, o Sevilha surgiu no segundo tempo determinado em regressar à vantagem e entrou a pressionar, com destaque para o recém-entrado Jesús Navas, muito activo no lado direito. Assim, aos 54 minutos, Kanouté deixou o primeiro aviso do segundo tempo, com um remate à meia-volta. Na resposta, o Espanhol esteve muito perto do segundo tento, depois de uma assistência de De la Peña. Tamudo ganhou espaço e disparou de pronto, mas Palop evitou males maiores para as suas redes.
Moisés expulso
Aos 57 minutos, o guardião do Sevilha evitou novamente um golo certo, após uma "bomba" de Riera, com o pé esquerdo. O nº 1 dos sevilhanos efectuou uma defesa espectacular, com a bola a embater ainda na trave, numa altura de intenso domínio dos de Barcelona. Aos 67 minutos, a formação de Ernesto Valverde sofreu um duro revés, já que Moisés foi expulso, ao ver o segundo cartão amarelo depois de uma entrada dura sobre o recém-entrado Alexander Kerzhakov.
Prolongamento
A turma comandada por Juande Ramos tentou tirar partido da superioridade numérica e, aos 77 minutos, Kerzhakov isolou-se mas atirou por cima, desperdiçando uma soberana ocasião para o conjunto da Andaluzia. Aos 82 minutos, a defensiva catalã passou novamente por apuros, na sequência de um pontapé de canto. Kanouté, primeiro, e Dragutinović, depois, estiveram muito perto de fazer o 2-1. Ainda assim, o Espanhol conseguiu segurar o empate e o encontro prosseguiu para prolongamento.
Kanouté marca, Jônatas empata
Nos 30 minutos do prolongamento o Sevilha chegou finalmente ao golo, depois de muito procurar. Jesús Navas cruzou do lado direito e o inevitável Kanouté, ao primeiro poste, efectuou o desvio vitorioso. O conjunto sevilhano desperdiçou ainda algumas oportunidades para dilatar a vantagem e, quando poucos esperavam, o Espanhol chegou à igualdade a cinco minutos do final, graças a um remate colocado do brasileiro Jônatas. No desempate através da marcação de grandes penalidades, o Sevilha levou a melhor, com Palop a defender três penalties.