Robson e Viana nas meias-finais

Por Alex O'Henley, no Saint James' Park

Dois golos obtidos na sequência de pontapés de canto garantiram ao Newcastle United FC uma vitória caseira por 2-1 sobre o PSV Eindhoven e, consequentemente, um lugar nas meias-finais da Taça UEFA. Hugo Viana ainda entrou a tempo de participar na festa do apuramento, substituindo Laurent Robert já em período de descontos.

Cabeçadas vitoriosas
Após o empate a uma bola registado em Eindhoven, o resultado desta partida assegurou um total de 3-2 favorável aos "magpies", que irão agora encontrar o Olympique de Marseille na próxima ronda. Alan Shearer e Gary Speed foram os autores dos tentos da equipa de Sir Bobby Robson, tornando insuficiente a grande penalidade convertida por Mateja Kezman no início da etapa complementar e que resultou no golo da igualdade dos holandeses.

Dyer no banco
Apesar de muitos terem sido os que colocavam Kieron Dyer - de regresso aos convocados após uma lesão nos ligamentos de um joelho que o afastou da primeira mão - na equipa titular, o internacional inglês acabou por ficar sentado no banco de suplentes.

PSV com Rommedahl no onze
Já Dennis Rommedahl, que no jogo do Philips Stadium entrara no decorrer dos segundos 45 minutos, foi agora chamado ao onze da turma holandesa, ainda impossibilitada de contar com os contributos de Arjen Robben, André Ooijer, Kevin Hofland e Theo Lucius, todos devido a lesões.

Shearer deu razão a Hiddink
O PSV sabia que teria de marcar em Saint James' Park se quisesse passar às meias-finais, mas desde o início do jogo que foi a equipa da casa quem mais procurou o golo. Apenas com nove minutos disputados, Alan Shearer deixou claro o porquê do técnico adversário, Guus Hiddink, o ter considerado a principal ameaça, abrindo o marcador após um pontapé de canto apontado por Laurent Robert. O capitão do Newcastle apareceu ao primeiro poste, cabeceando de forma fulminante e sem hipóteses de defesa para Ronald Wattereus.

Dupla oportunidade
Apenas um minuto volvido, o guardião do PSV foi obrigado a demonstrar atenção, após um desvio de cabeça de Darren Ambrose, situação de resto repetida aos 13 minutos, mas desta feita evitando o golo de Titus Bramble, quando este surgiu isolado à sua frente.

Kezman muito sozinho
Com o PSV a evidenciar claras dificuldades na zona intermediária, Kezman esteve sempre muito sozinho no meio da defensiva contrária. No outro lado, os anfitriões continuavam a pressionar à procura do golo da tranquilidade, que bem poderia ter aparecido aos 32 minutos, não tivesse o remate de pé esquerdo de Jermaine Jenas ter saído à figura de Waterreus.

Dificuldades defensivas
Uma péssima prestação defensiva numa jogada de bola parada, quase custou ao PSV mais um golo a seis minutos do descanso. Uma vez mais, o perigo surgiu de um pontapé de canto de Robert, mas Jenas, que apareceu desmarcado ao segundo poste, não fez melhor do que atirar por cima da barra.

Substituição revitalizadora
Com a sua equipa a não conseguir efectuar um remate que fosse à baliza contrária, Hiddink operou algumas alterações ao intervalo. O ineficaz Rommedahl ficou nos balneários, entrando para o seu lugar Jan Vennegoor of Hesselink. Esta substituição 
revitalizou o ataque do PSV e somente com cinco minutos do segundo tempo decorridos, os visitantes chegaram mesmo à igualdade.

Grande penalidade dá igualdade
O coreano Ji-Sung Park rompeu pela área adversária, mas acabou travado por Olivier Bernard e o árbitro do encontro não teve dúvidas em assinalar de imediato uma grande penalidade contra a equipa de Bobby Robson. Chamado a converter o castigo máximo, Kezman atirou para o lado direito de Shay Given e empatou não só a partida como a própria eliminatória. Moralizados com a igualdade, os holandeses conseguiam pela primeira vez começar a colocar alguma pressão sobre a defesa da casa.

Vulnerabilidade a cantos
Com o desafio a realizar-se numa toada de parada e resposta, seria o Newcastle a passar, pela segunda vez, para a liderança. A vulnerabilidade do PSV nos pontapés de canto ficou por demais provada, quando Speed conseguiu saltar e cabecear sem oposição para bater um desamparado Wattereus. A equipa que viajou desde a Holanda ainda lutou para conseguir o tento que significaria a passagem à fase seguinte, mas essa estava reservada ao Newcastle, que segurou com firmeza a vantagem até ao apito final.
Celtic.