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Regra dos golos fora: porque é que a UEFA anulou a medida na Champions League, Europa League, Conference League e Women's Champions League? O que sucede agora?

Desde o início de 2021/22 já não se aplica a regra dos golos fora nas competições de clubes da UEFA.

Desde o início da época 2021/22 que não existe a regra dos golos fora nas competições de clubes da UEFA
Desde o início da época 2021/22 que não existe a regra dos golos fora nas competições de clubes da UEFA UEFA via Getty Images

Em Junho de 2021, seguindo a recomendação do Comité de Competições de Clubes da UEFA e do Comité de Futebol Feminino da UEFA, o Comité Executivo da UEFA aprovou uma proposta para abolir a denominada "regra dos golos" em todas as competições de clubes da UEFA (masculinas, femininas e jovens) a partir de 2021/22.

O que era a regra dos golos fora?

A regra dos golos fora foi aplicada para determinar o vencedor de uma eliminatória no caso desta chegar ao final da segunda mão empatada com golos.

Nesses casos, a equipa que tivesse marcado mais golos fora apurava-se. Se ambas as equipas tivessem marcado o mesmo número de golos em casa e fora, o vencedor seria decidido no prolongamento (onde a regra dos golos fora continuava válida) ou, em última instância, no desempate por grandes penalidades.

O que acontece agora que a regra dos golos fora não existe?

Eliminatórias em que se verifique um empate após as duas mãos já não serão decididas graças aos golos fora, seguindo para prolongamento (onde a regra dos golos fora também deixou de se aplicar) e, eventualmente, penáltis para determinar o vencedor do duelo (ver artigo 20.º do regulamento da UEFA Champions League).

A regra dos golos fora também deixou de ser um dos critérios usados para determinar a classificação quando duas ou mais equipas estão em igualdade pontual numa na fase de grupos (consulte o artigo 17.01 dos regulamentos da Liga dos Campeões da UEFA).

Regulamentos da Europa League
Regulamentos da Europa Conference League
Regulamentos da Women's Champions League
Regulamentos da Youth League

O Ajax venceu o Torino devido aos golos fora na Taça UEFA de 1992
O Ajax venceu o Torino devido aos golos fora na Taça UEFA de 1992 Bob Thomas Sports Photography via Getty Images

Por que é que a regra dos golos fora foi abolida?

Estatísticas desde os meados da década de 70 até 2020/21 mostraram uma clara tendência de redução contínua da diferença entre o número de vitórias em casa/fora (de 61 e 19 por cento para 47 e 30 por cento) e a média de golos por jogo marcados em casa/fora (de 2.02 e 0.95 para 1.58 e 1.15) nas competições masculinas, ao passo que entre 2009/10 e 2020/21, a média de golos por jogo manteve-se estável na Women's Champions League, com média geral de 1,92 para as equipas anfitriãs e 1,6 para as equipas visitantes.

Muitos aspectos diferentes podem ser considerados como tendo um impacto nesse declínio do factor casa. Melhor qualidade da relva e tamanhos do relvado uniformizados, infra-estrutura do estádio melhorada, melhores condições de segurança, melhor desempenho da equipa de arbitragem (e mais recentemente a introdução de apoios tecnológicos, como a GLT e o VAR), cobertura televisiva dos jogos mais ampla e sofisticada, melhores condições de deslocação das equipas, um calendário mais apertado e que leva à rotação do plantel e mudanças nos formatos competitivos são elementos que afectaram a forma como o futebol é jogado e atenuaram a diferença entre jogar em casa e fora.

Aleksander Čeferin, Presidente da UEFA
Aleksander Čeferin, Presidente da UEFAAFP via Getty Images

Como é que a UEFA explicou a decisão?

Aleksander Čeferin, Presidente da UEFA, afirmou: "A regra dos golos fora tem sido uma parte intrínseca das competições da UEFA desde que foi introduzida em 1965. No entanto, a questão da sua abolição tem sido debatida em várias reuniões da UEFA ao longo dos últimos anos. Apesar de não haver unanimidade de opinião, muitos treinadores, adeptos e outros intervenientes na modalidade questionaram a sua justiça e expressaram preferência pela abolição da regra".

"O impacto da regra actualmente contraria o seu objectivo original, pois de facto dissuade as equipas anfitriãs - especialmente na primeira mão - de atacar, porque temem sofrer um golo que pode dar ao adversário uma vantagem crucial. Também há críticas à injustiça, especialmente no prolongamento, de obrigar a equipa anfitriã a marcar dois golos se a equipa visitante tiver marcado".

É justo dizer que hoje em dia o factor casa já não é tão significativo quanto chegou a ser. Levando em consideração a consistência em termos de estilos de jogo em toda a Europa e muitos aspectos diferentes que levaram a um esbatimento da vantagem de jogar em casa, o Comité Executivo da UEFA tomou a decisão correcta ao adoptar a visão de que não é mais apropriado um golo marcado fora ter mais valor que um marcado em casa".