Foram estes os melhores jogos do UEFA EURO 2020?
sexta-feira, 9 de julho de 2021
Sumário do artigo
O UEFA.com faz uma retrospectiva aos melhores jogos de mais um torneio estelar.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Desde jogos emotivos na fase de grupos a chuva de golos na fase a eliminar, o UEFA EURO 2020 está repleto de confrontos vibrantes do início ao fim.
Escolhemos os nossos favoritos antes da final de domingo, no Estádio de Wembley. Concorda com a nossa selecção?
13/06: Países Baixos 3-2 Ucrânia (Jornada 1)
Os holandeses voltaram à fase final depois de terem falhado a de 2016 e, tendo marcado dois ou mais golos nos sete jogos anteriores, havia enorme expectativa à sua volta. A selecção "laranja" não decepcionou na estreia do Grupo C, mas o guarda-redes Georgiy Bushchan conseguiu manter as suas redes incólumes durante a primeira parte. Os comandados de Frank de Boer acabaram por quebrar a resistência adversária por intermédio de Georginio Wijnaldum e Woug Weghorst, mas a Ucrânia não desistiu e chegou ao empate com um excelente remate de Andriy Yarmolenko e um cabeceamento de Roman Yaremchuk.
A cinco minutos do fim, o primeiro golo de Denzel Dumfries pelos Países Baixos antecipou o cenário de festa em Amesterdão, naquele que foi o jogo do EURO com mais golos após não ter havido nenhum até ao intervalo.
19/06: Portugal 2-4 Alemanha (Jornada 2)
O Grupo F prometia muito, com a França e a Hungria ao lado destes dois pesos pesados. De derrota da Mannschaft frente à campeã mundial, na primeira jornada, deixou-a em cheque e ainda mais ficou Cristiano Ronaldo abriu o marcador no encontro de Munique, mas a resposta alemã foi devastadora.
Dois autogolos de Portugal viraram o jogo antes do intervalo, e depois Kai Havertz e Robin Gosens deixaram o detentor do título em risco de prosseguir à passagem da hora de jogo. Curiosamente, esta foi a primeira vez em que a Alemanha marcou quatro golos numa partida da fase de grupos.
23/06: Alemanha 2-2 Hungria (Jornada 3)
Apesar do empate 1-1 com a França, a Hungria não deveria representar um grande obstáculo para a Alemanha, a jogar em casa, em Munique, neste encontro de fecho do Grupo F. No entanto, o golo de cabeça madrugador apontado por Ádám Szalai fez rapidamente soar os alarmes. Os germânicos estiveram até aos 66 minutos em desvantagem, altura em que empataram por intermédio de Kai Havertz, mas o alívio foi fugaz porque, 16 segundos depois de a bola ter ido ao centro do campo, András Schäfer restaurou a vantagem dos magiares.
Os comandados de Löw pressionaram e estiveram a seis minutos de serem eliminados, mas um golo de Leon Goretzka na recarga a um remate de Timo Werner acabou por resgatar o ponto necessário para os alemães rumarem aos oitavos-de-final e frustrar os corações dos adeptos da Hungria.
28/06: Croácia 3-5 Espanha (oitavos-de-final)
Depois de dois empates nas duas primeiras jornadas da fase de grupos, a Espanha mostrou finalmente do que era capaz ao golear a Eslováquia, por 5-0, rumo aos oitavos-de-final, mas poucos podiam prever que se tornasse na primeira selecção a marcar cinco golos em dois encontros seguidos do EURO quando repetiu a dose em Copenhaga. Os espanhóis até responderam bem ao lance infeliz do autogolo sofrido graças a Pablo Sarabia, César Azpilicueta e Ferran Torres, mas a Crociá lutou até ao fim e forçou o prolongamento com dois tentos nos derradeiros cinco minutos, apontados pelos suplentes Mislav Oršić e Mario Pašalić.
Álvaro Morata e Mikel Oyarzabal – outro suplente a entrar – acabariam por apurar a Espanha naquele que foi o segundo jogo de sempre da fase final com mais golos.
28/06: França 3-3 Suíça (oitavos-de-final)
A poeira mal tinha assentado depois da vitória da Espanha quando estas duas equipas escreveram o segundo capítulo da "Segunda-feira Louca" – o dia da fase a eliminar com mais golos da história da fase final. O guião foi semelhante, pois os menos favoritos suíços marcaram primeiro antes da reviravolta da França, operada com dois tentos de Karim Benzema e um golo de génio de Paul Pogba.
Só que a Suíça, que podia ter aumentado para 2-0 se Hugo Lloris não tivesse defendido o penálti de Ricardo Rodríguez, recusou render-se: o segundo cabeceamento certeiro de Haris Seferović e o golo de Mario Gavranović, nos últimos instantes, forçaram o prolongamento, fase em que os helvéticos se mantiveram firmes e conseguiram levar a decisão da partida de Bucareste para as grandes penalidades. Emoção também não faltou no desempate, pois as primeiras nove tentativas foram todas convertidas, antes de Yann Sommer frustrar Kylian Mbappé e proporcionar aos suíços a sua primeira vitória numa fase a eliminar de um grande torneio desde o Campeonato do Mundo de 1938.
02/07: Bélgica - 1-2 Itália (quartos-de-final)
Os oitavos-de-final colocaram em confrontos duas das equipas com registos perfeitos e os adeptos em Munique não foram defraudados. A Bélgica começou por tomar a iniciativa, mas os Azzurri mostraram eficácia e adiantaram-se no marcador quando Nicolò Barella bateu Thibaut Courtois depois de passar por vários adversários. A vantagem italiana aumentou pouco depois através de um grande golo de Lorenzo Insigne, num remate em arco de fora da área.
Embora o veloz Jeremy Doku tenha ganhado um penálti que Romelu Lukaku não desperdiçou, os belgas não conseguiram voltar a marcar e os comandados de Roberto Mancini acabaram por ficar mesmo um novo recorde de 15 vitórias seguidas no EURO em jogos da qualificação e da fase final.
06/07: Itália 1-1 Espanha (meias-finais)
Parecia haver pouco a separar as duas equipas antes do seu confronto no Estádio de Wembley e este jogo das meias-finais cimentou esta visão. A primeira parte foi emocionante, apesar das escassas oportunidades de golo, com Emerson, em cima do intervalo, a acertar na trave para a Itália, que entrava nesta partida numa série de 32 jogos sem perder.
O remate em arco de Federico Chiesa adiantou os italianos em cima da hora de jogo, mas a Espanha forçou o prolongamento quando Álvaro Morata deu a melhor sequência a um excelente passe de Dani Olmo e bateu friamente Gianluigi Donnarumma. A Espanha não conseguiu transformar em golos o domínio evidenciado nos 30 minutos do tempo extra e a Itália acabou por prevalecer no desempate por penáltis, com a defesa de Donnarumma à tentativa de Morata a proporcionar a Jorginho a possibilidade de converter o pontapé decisivo.