Checos esperançados em repetir clássico do EURO 2004 com os holandeses
sábado, 26 de junho de 2021
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Adjunto quando a República Checa surpreendeu os Países Baixos no UEFA EURO 2004, Jaroslav Šilhavý espera que a sua equipa consiga repetir nos oitavos-de-final esse triunfo "fantástico".
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"Esse jogo é inesquecível. Vou morrer com essas recordações e levá-las para o outro lado." Pergunte-se a Jaroslav Šilhavý sobre o jogo da República Checa com os Países Baixos no UEFA EURO 2004 e as memórias continuam bem vivas.
O homem encarregado de liderar os checos contra o mesmo adversário nos oitavos-de-final neste domingo tem uma árdua tarefa em mãos, mas não pode deixar de inspirar-se na luta épica entre as duas equipas há 17 anos – quando testemunhou tudo de perto como adjunto do lendário treinador Karel Brückner.
"Foi fantástico", disse Šilhavý, que assumiu a liderança em 2018. "Tudo – o ambiente, a forma como o jogo se desenrolou, os golos, o drama, a emoção." De facto, a República Checa chegou aos 20 minutos a perder por 2-0 em Aveiro, antes de operar uma impressionante reviravolta e ganhar por 3-2, garantindo um lugar nos quartos-de-final.
"No início, os holandeses dominaram e passámos dificuldades, mas depois virámos o jogo com o empate conseguido pelo Milan Baroš. E foi seguido por um belo golo perante uma baliza vazia na sequência de uma fantástica combinação, com Karel Poborský a passar a bola para Vladimír Šmicer. Alegria em estado puro."
Mais uma vez, o prémio em oferta agora é uma vaga nos oitavos-de-final e Šilhavý admite que os anos ao lado de Brückner continuam a ser preciosos. "Essas experiências de torneios anteriores ajudaram-me a resistir à pressão externa: da imprensa, dos adeptos, de mim mesmo. É muito importante. O senhor Brückner ensinou-me muito – como profissional, como ser humano. Tenho boas lembranças desse tempo."
Podem os adeptos checos esperar outra noite inesquecível em Budapeste no domingo? Šilhavý sabe que passou muito tempo desde 2004. "Acho que nossos adversários e nós mesmos estamos em situações um pouco diferentes. Naquela época, eu não queria dizer isso abertamente, mas éramos os favoritos. Agora estamos em 40º lugar no mundo ."
"Não somos favoritos, longe disso, mas estamos na fase a eliminar. Os jogadores precisam de trabalhar juntos para alcançar bons resultados. Os Países Baixos são uma equipa forte. Eles também passaram por um período difícil , mas é bastante óbvio que estão muito fortes agora e que este será um jogo muito difícil."
Um jogo difícil, mas que Šilhavý espera ter desfecho semelhante. Sempre que Šilhavý recorda o EURO 2004, acrescenta que tudo foi fantástico – exceptuando o silêncio após Traianos Dellas marcar no prolongamento das meias-finais, num golo de prata pela Grécia que interrompeu a sequência dos checos. Mas mesmo isso pode também fortalecer os comandados de Šilhavý, já que ele e seus jogadores encontram-se agora no papal de não favoritos e à procura de um triunfo igualmente memorável para inspirar as gerações futuras.