Depay fala da “intensidade" da República Checa e dos “grandes sonhos” dos holandeses
sábado, 26 de junho de 2021
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Memphis Depay, avançado dos Países Baixos, diz ao EURO2020.com que o adversário dos oitavos-de-final "nunca foi uma equipa fácil de enfrentar".
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Memphis Depay continua a ser um talismã para os Países Baixos. Melhor marcador da selecção entre os convocados, com 28 golos, esteve envolvido em todos os tentos da sua equipa frente à Áustria e à Macedónia do Norte, num Grupo C do UEFA EURO 2020 em que os holandeses garantiram a passagem aos oitavos-de-final a um jogo do fim.
O avançado de 27 anos falou ao EURO2020.com sobre tudo, desde o seu papel dentro e fora do relvado, à recuperação de uma lesão no ligamento cruzado de um joelho e o que pensa das possibilidades da selecção “laranja” poder conquistar o título.
O que destaca da fase de grupos?
O jogo de abertura [contra a Ucrânia], claro, com um final emocionante. Os nossos primeiros três pontos; um jogo em casa diante dos nossos adeptos; o ambiente no estádio depois de não termos disputado um torneio durante tanto tempo; jogadores novos e jovens a terem uma oportunidade – e a sensação de começar a crescer no torneio. Tantas coisas boas.
Como vê o seu papel nesta equipa?
Tento usar as qualidades que tenho para criar oportunidades. Se tivermos oportunidade para marcar, às vezes somos bem-sucedidos e outras não. Se fizemos isso regularmente tornamo-nos importantes para a equipa. Mas também é muito importante que possamos também ser eficazes, mesmo que eu não esteja envolvido. Por exemplo, o Denzel [Dumfries] é muito perigoso. Isso é fantástico.
Consegue ajudar os seus colegas mais jovens?
Penso que sim. Tenho uma boa relação com os jogadores mais jovens, mas também com os mais velhos. Estou no meio. Quando os jogadores mais velhos jogam contra os mais jovens no treino, eu fico do lado dos jovens porque só fiz 27 anos em Fevereiro. Ainda assim, quando olho para rapazes como o Ryan [Gravenberch], de 19 anos, e o Jurriën [Timber] e Cody [Gakpo], eles são realmente muito jovens.
Estive [no Campeonato do Mundo da FIFA] em 2014 e acontecia o mesmo. Por isso, sei um pouco sobre como eles se sentem. Também temos os mesmos interesses, como música e a vontade de ser o melhor, o que também torna mais fácil a socialização fora do campo.
Que impacto teve a sua recente lesão no joelho?
Em primeiro lugar, percebemos que a nossa saúde é a coisa mais importante de tudo. Isso mantém-se focado. Ajuda-me a lidar com a decepção, quando não joguei tão bem como esperava ou depois de perder um jogo. Ao mesmo tempo, passamos a conhecer realmente o nosso próprio corpo. Sabemos o que sentir antes de um jogo. Isso é muito útil para mim. E, devo dizer, estar em forma agora e ser capaz de fazer a diferença é fantástico.
O Depay e o Georginio Wijnaldum somam 53 golos pelos Países Baixos. Como explica isso?
O Gini possui uma grande capacidade concretizado e rapidez. E sabe o momento certo para estar na grande área. Isso é muito importante para a equipa. Claro, já joguei com ele no passado, no PSV Eindhoven, por isso conhecemo-nos muito bem.
Qual a sua opinião sobre a República Checa?
Sei que eles jogam com muita intensidade. Há algum tempo que não os defronto – penso que a última vez foi em 2015. Nunca foi uma equipa fácil de enfrentar, por isso sabemos que vai ser difícil. Temos que dar 100% se quisermos vencer.
Sente que este pode ser o vosso ano?
IÉ lógico [que as pessoas digam isso] quando os nossos resultados são bons num torneio. Mas continuo a dizer que temos de pensar jogo a jogo. Claro, temos grandes sonhos e isso é bom, mas é importante estarmos concentrados apenas no próximo jogo. Fizemos isso na fase de grupos e estamos a fazer isso agora. Nada mudou.