Didier Deschamps sobre fazer a convocatória, Karim Benzema e o duelo com a Alemanha
segunda-feira, 7 de junho de 2021
Sumário do artigo
"Ele está feliz por estar connosco e nós estamos felizes por contar com ele", diz o seleccionador da França sobre a chamada de Karim Benzema.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Contratado em Julho de 2012, Didier Deschamps comanda a selecção francesa há quase nove anos, período em que foi finalista vencido do UEFA EURO 2016 e vencedor do Campeonato do Mundo de 2018.
Agora, ambiciona conseguir como treinador o que alcançou como jogador: juntar o título europeu ao mundial. Para já, deu nas vistas ao chamar Karim Benzema após cinco anos de ausência, e está entusiasmado por voltar a contar com público nos estádios.
Sobre o desafio de fazer a convocatória
Lamento não agradar a todos, mas tenho de fazer escolhas e as vagas são limitadas. O objectivo é sempre o mesmo: escolher o que é melhor para a selecção rancesa. Mas penso que o lote é bom, e ainda ficaram de fora jogadores que tinham qualidade para estar aqui. O facto de poder contar com 26 jogadores não é assim tão boem em termos de gestão, pois todos os jogos há três que ficarão tristes por ficarem de fora. Mas sinto que todos eles estão felizes por representar a França numa grande competição como é o EURO.
Sobre o regresso de Karim Benzema
Foi um longo processo de reflexão, cujo primeiro passo foi encontrarmo-nos e falar. Estou satisfeito por contar com ele e a equipa também, pois no fim de contas temos de pensar no seguinte: como tornar a equipa mais forte. Ele tem qualidade para isso, que sempre mostrou no seu clube, contribuindo para a equipa não só com muitos golos mas também com trabalho e envolvimento na construção de jogo. Para além disso, está mais experiente e maduro, factores que também são essenciais.
Sobre começar frente à Alemanha?
Será um jogo muito interessante, como é sempre entre estas duas equipas de calibre europeu e mundial. Basta ver o que aconteceu nos dois últimos encontros, no Mundial 2014 e EURO 2016, com uma vitória para cada lado. Para além disso, vou defrontar Joachim Löw, um treinador que respeito e estimo. Admiro a sua longevidade à frente da selecção alemã e como isso o ajudou a sagrar-se campeão mundial. Mas quando nos defrontamos a amizade fica de lado e cada um concentra-se na sua equipa.
Sobre o regresso dos adeptos aos estádios
Mesmo não jogando em casa, será muito agradável voltar a ter público nos estádios, porque o futebol que todos adoramos só faz sentido com público. Tem a ver com emoção, partilha de sentimentos e é algo que adoramos e que é importante para os jogadores. O futebol, não resolvendo os problemas do dia-a-dia, pelo menos ajuda a apaziguá-los. O facto de sabermos que as pessoas estão lá para nos apoiar, e podermos partilhar com elas momentos de alegria e felicidade, tal como aconteceu no Mundial de 2018, é algo maravilhoso.