Piqué coloca época interna para trás das costas
sábado, 9 de junho de 2012
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Após uma inesperadamente difícil temporada a nível de clubes, Gerard Piqué chega ao UEFA EURO 2012 confiante que uma Espanha "unida" possa conquistar uma grande prova de selecções pela terceira vez consecutiva.
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Tem sido uma época pouco habitual para Gerard Piqué - quatro troféus mas também uma atenção dispensável quanto aos seus relacionamentos, tanto com Josep Guardiola como com a sua famosa namorada Shakira.
No relvado, pela primeira vez desde que, em 2008, regressou a Espanha proveniente do Manchester United FC, falhou a conquista do título espanhol. E se teve a ideia de levar a sua parceria no clube com Carles Puyol ao Campeonato da Europa - para minimizar a dor a nível interno com a conquista de um terceiro grande título a nível de selecções -, essa possibilidade desapareceu com a recente cirurgia ao joelho de Puyol.
Mas não é por acaso que o defesa de 25 anos é apelidado de Piquenbauer, algo que agrada sobremaneira ao homem que o inspira, Franz Beckenbauer. Piqué é tão elegante quanto duro e não tem problemas em formar dupla com Sergio Ramos no eixo da habitualmente impermeável defesa espanhola ou em abrir o Grupo C com a reconhecidamente tenaz Itália. Mas não ter Puyol ao seu lado é algo que poderá ser mais difícil de lidar para Piqué.
"O 'Puyi' é como um irmão para mim e partilhámos quatro excelentes anos tanto no clube como na selecção", reconheceu o defesa do FC Barcelona. "É claro que vou ter saudades daquele tipo e é uma enorme pena que ele não possa cá estar connosco. Mas o Sergio Ramos é um excelente defesa e entendo-me bem com ele. As pessoas dizem que não gostamos um do outro, mas isso não é verdade, tal como houve pessoas que perguntaram sobre a minha relação com Pep Guardiola esta época. Estamos aqui todos unidos como jogadores de Espanha, com o mesmo objectivo de voltar a vencer a prova."
A já conhecida estatística diz que, caso consiga dar sequência aos triunfos de 2008 e 2010, tornar-se-á no primeiro país a conseguir conquistas em três grandes competições consecutivas, o que seria uma proeza bastante assinalável. Mas é algo que não perturba Piqué sobremaneira.
"Gosto que nos considerem favoritos - há um motivo para isso. Indica que as pessoas sabem que temos equipa para vencer a prova. Gosto da pressão adicional que isso traz. Todos irão ver-nos como o inimigo e tenho a certeza que, pelo menos, uma equipa irá dar-nos muita luta. Mas, da mesma forma, se jogarmos o nosso futebol e impusermos a nossa filosofia, então, poderemos e venceremos a prova."