Alemanha não acredita em facilidades com a Grécia
quinta-feira, 21 de junho de 2012
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O treinador da Alemanha, Joachim Löw, lançou um sério aviso aos que acreditam que a sua equipa pode já começar a planear as meias-finais do UEFA EURO 2012.
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O treinador da Alemanha, Joachim Löw, lançou um sério aviso aos que acreditam que a sua equipa pode já começar a planear as meias-finais do UEFA EURO 2012: "Jogar com os gregos será quase o mesmo que chocar contra uma rocha."
Os três vezes campeões europeus partem para o jogo na Arena Gdansk com um recorde interno de 14 vitórias consecutivas em jogos oficiais e, em oito jogos disputados, nunca perderam contra os adversários de sexta-feira. Contudo um dado faz pender a balança para o outro lado: os gregos ganharam o UEFA EURO 2004 depois de ninguém levar a sério a sua candidatura.
"Nós somos os favoritos, é lógico e conseguimos conviver bem com isso", disse Löw. "Também sabemos que os jogos a eliminar têm as suas próprias características. Depois do jogo começar, ser favorito não conta para nada. Os gregos não são o tipo de equipa que se deixa atemorizar. Vimos isso contra a Rússia, quando contrariaram as apostas [ganhando 1-0]. Nunca se pode colocá-los de fora da corrida."
Löw só fez uma alteração no "onze" inicial desde o início do torneio, o que resultou nas vitórias contra Portugal, Holanda e Dinamarca. Com o regresso de Jérôme Boateng, depois de suspensão, e com Bastian Schweinsteiger já sem queixas de uma lesão num tornozelo, não é previsível que o treinador de 52 anos mude radicalmente a equipa contra a Grécia, que descreve como "dinâmica, forte defensivamente e perigosa no contra-ataque".
"Nos quartos-de-final tem de se fazer um esforço enorme", acrescentou Löw. "Até agora mostrámos que somos rápidos, que conseguimos criar problemas aos adversário e marcar bons golos. Se os pressionarmos no último terço do terreno, se jogarmos a alta rotação e mostrarmos instinto matador, estaremos numa boa posição para lhes ganhar."
No seu caminho para a vitória no UEFA EURO 2004, a Grécia ganhou nos quartos-de-final aos então campeões França, e o seu treinador actual, Fernando Santos, explicou o que a equipa precisa para conseguir igualar a proeza: "Temos de evitar qualquer tipo de erro e estar sempre focados. Só assim podemos celebrar depois do jogo."
A Grécia errou no seu jogo inaugural, mas lutou com um homem a menos, e conseguiu o empate contra a Polónia. Depois perderam 2-1 com a República Checa e voltaram ao trilho certo com a vitória sobre a Rússia. Na sexta-feira não contarão, por suspensão, com o capitão Giorgios Karagounis e o lateral José Holebas, mas podem ganhar ânimo com as estatísticas: a derrota contra os checos foi a única nos 13 jogos desta campanha europeia.
Uma série de resultados destes não apoia a ideia de que será o desafio de um David contra o Golias alemão, mas Fernando Santos parece satisfeito com essa análise: "David ganhou a batalha contra um adversário que ninguém esperava que perdesse, por isso parece-me uma comparação feliz", disse.
"É verdade que o estatuto e a importância da Alemanha são enormes e espera-se sempre que cheguem longe nos torneios. No entanto, não estamos aqui de férias. A equipa de 2004 já tinha sido afastada da luta antes de jogar e nós inspiramo-nos neles."