Del Bosque aliviado após vitória sobre a Croácia

Vicente del Bosque admitiu que, apesar de as coisas não terem corrido da melhor maneira contra a Croácia, ficou satisfeito com o apuramento para os oitavos-de-final, como vencedor do Grupo C. Já Slaven Bilić, por seu lado, falou do orgulho por ter treinado uma grande equipa que afirmou poder ir para casa de cabeça bem erguida.

Slaven Bilić, treinadora da Croácia
Tínhamos um plano. Estávamos a defrontar os campeões da Europa e do Mundo – uma equipa que quer continuar a ganhar – e tentámos pará-los. Estávamos à espera deles na primeira parte; não queríamos atacá-los naquela altura. Esperámos até aos últimos 30 minutos para então sim, corrermos riscos. A Espanha passou por um mau bocado contra nós. Hoje podíamos ter ganho, estivemos perto.

Não é fácil jogar contra eles, porque sabíamos que apenas iríamos ter duas ou três oportunidades. Tivemos uma clara, pelo Rakitić. É uma daquelas oportunidades que se tem de aproveitar contra a Espanha. Merecíamos um resultado positivo.

O nosso plano não correu bem, mas os meus jogadores podem regressar a casa orgulhosos. Eles foram fantásticos, não só neste jogo, como nos outros também. Estamos a falar de um grupo muito forte. Não esperava que este fosse o meu último jogo. Estava certo que ia passar. Mas enfrentar a Espanha não é fácil, eles são uma equipa tão boa tacticamente.

Vou deixar a selecção para ir para a minha nova equipa [o FC Lokomotiv Moskva] nos próximos dias e gostaria de agradecer à Federação Croata de Futebol por me contratar há seis anos, quando eu era um jovem treinador, quase sem experiência. Nunca houve problemas com os meus jogadores ou com alguém da equipa técnica. Gostei de cada momento aqui. Vou abandonar o cargo, mas nunca estarei tão orgulhoso como estou agora, porque ser seleccionador nacional foi uma sensação única. Posso estar de saída, mas posso assegurar que ainda não viram tudo desta equipa da Croácia.

Vicente del Bosque, treinador da Espanha
Faltou-nos alguma profundidade. Eles fecharam bem os espaços e causaram-nos muitos problemas. Tivemos alguns momentos de nervos, em especial quando Iker Casillas fez aquela defesa [a um cabeceamento de Ivan Rakitić]. Falámos antes do jogo e sabíamos que eles iam jogar da forma que fizeram. No final, os meus jogadores resolveram um problema que o empate poderia ter representado.

Foi um triunfo difícil, pelo qual tivemos que lutar muito, tal como o adversário. Penso que tivemos 17 remates à baliza contra os oito deles. Tivemos mais cantos e mais posse de bola. Eles fizeram um bom jogo e contra-atacaram com perigo, mas penso que fomos a melhor equipa. As alterações que fiz [tirar o Fernando Torres, por exemplo] foram para dar mais profundidade ao nosso flanco direito. O nosso primeiro toque hoje não foi tão bom como tem sido e isso fez com que o nosso jogo fosse mais lento.

O resultado foi bom para a nossa equipa. Quando não se faz uma boa exibição, mas, mesmo assim, se vence o jogo, ganhamos confiança. Não tenho preferências para o próximo adversário. Vamos ter de apenas jogar bem e resolver os problemas que surjam em campo.