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Blokhin encantado com recuperação

Depois de assistir ao arranque de sonho da sua selecção no Grupo D, graças a um bis de Andriy Shevchenko, o seleccionador ucraniano, Oleh Blokhin, só tinha um pensamento na cabeça: descansar.

Oleh Blokhin, seleccionador da Ucrânia, festeja o golo da vitória, apontado por Andriy Shevchenko
Oleh Blokhin, seleccionador da Ucrânia, festeja o golo da vitória, apontado por Andriy Shevchenko ©Getty Images

Oleh Blokhin, seleccionador da Ucrânia
O Andriy não acreditou em mim quando lhe disse que tinha sonhado que ele ia marcar dois golos. Fomos melhor equipa na primeira parte, tirando o lance em que [Zlatan] Ibrahimović atirou ao poste. A Suécia jogou para o empate, creio, tentou apostar no contra-ataque com Ibrahimović. Sofremos um golo mas tenho de agradecer à minha equipa por ter sabido reagir e dar a volta ao marcador com dois golos.

Não jogámos bem nos minutos finais e estivemos sob grande pressão para conseguir segurar o resultado, mas não é fácil lidar com o nervosismo. A Suécia tem uma excelente equipa, não é fácil defrontá-la e foi um jogo muito complicado para nós. Penso que serão um adversário difícil para as outras equipas do nosso grupo. Ainda temos mais dois jogos pela frente, mas o resultado desta noite deixa-nos em boa posição.

Agora só desejo uma coisa: ir para o nosso local de estágio e descansar. Estamos todos muito cansados. Ainda não começámos a pensar no próximo jogo, com a França. Não sei se vou alterar o "onze" ou apostar na mesma equipa inicial. Tenho muita coisa na cabeça. Para já, só quero descansar. Se estou feliz ou não? Tenho de olhar para a equipa no seu todo. Tivemos bons e maus momentos.

Erik Hamrén, seleccionador da Suécia
A primeira parte não foi boa, mas ambas as equipas estavam ambas muito nervosas e cometeram muitos erros. Começámos melhor a segunda parte e a conquistar a bola mais à frente no terreno. Foi assim que chegámos ao golo. Infelizmente, eles chegaram rapidamente ao empate. Naturalmente, o golo conferiu-lhes um maior ímpeto. Nos últimos 20 minutos, quando não tínhamos nada a perder, jogámos da forma que eu gostava que tivéssemos jogado desde início e penso que merecíamos, pelo menos, o empate, tendo em conta as oportunidades que criámos.

Não acho que tenha sido surpreendido. Sabíamos como a Ucrânia jogava e foi dessa forma que eles actuaram. Para mim, o problema foi mesmo a nossa exibição. Disse antes do torneio que para ganharmos jogos precisámos de ter os 11 jogadores no seu melhor. Esta noite, na primeira parte, apenas cinco ou seis mostraram a qualidade que desejo, e isso não é suficiente.

Não alcançámos o nível que eu desejava e não nos encontrámos nem a nível técnico nem a nível táctico durante os primeiros 45 minutos. Não mostrámos coragem quando devíamos. Foi o nosso primeiro jogo no EURO e disse aos jogadores que precisavam de ser corajosos, mas só metade deles mostraram essa coragem desde o apito inicial. Tudo fica mais complicado quando assim é. Não fizemos o que devíamos ter feito e o que somos capazes de fazer. Fomos cobardes durante o primeiro tempo.

Temos de olhar bem para a situação. Ainda não comecei a pensar muito na Inglaterra e na França. A nossa atenção estava virada para este jogo, mas temos uma grande competitividade pelos lugares. Neste momento, não estou satisfeito com a equipa. Esperava mais e melhor.

Se tivéssemos vencido esta noite, as próximas 24 horas seriam para desfrutar. Assim, vamos lamentar-nos em conjunto, porque esta derrota foi de todos. Temos muito trabalho pela frente e temos muito que conversar. Os jogadores precisam de esquecer este encontro e pensar no próximo jogo. O futebol é assim: às vezes ganha-se, outras vezes perde-se, e é necessário saber lidar com qualquer resultado.