Blokhin pronto para complicar a vida à Inglaterra
segunda-feira, 18 de junho de 2012
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"Ninguém espera que façamos o impossível", disse Oleh Blokhin, a desejar ver a Ucrânia chegar aos quartos-de-final derrotando a Inglaterra, moralizada pelo regresso de Wayne Rooney.
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Será uma Ucrânia orgulhosa aquela que vai tentar superar as expectativas frente à Inglaterra, no encontro decisivo do Grupo D, com o espírito competitivo de Oleh Blokhin a não aceitar mais nada que a vitória, único resultado que interessa para seguir para os quartos-de-final.
Blokhin não venceu uma Bola de Ouro ao colocar a fasquia mais baixa para ele mesmo e é esse o princípio que usará na abordagem ao jogo de terça-feira. "Ninguém espera que façamos o impossível - não nos deixemos levar pela fantasia", disse, deixando clara a ideia que é a Inglaterra a favorita, apesar de apenas precisar de um empate para seguir em frente - podendo até dar-se o caso de conseguir o apuramento juntamente com a Ucrânia mesmo em caso de derrota.
"A Inglarerra é uma das favoritas, pelo que a pressão está do lado deles", disse. "A nossa abordagem ao jogo é mais calma. Se o resultado não for bom para nós, mas se deixarmos tudo em campo, não será mau. Estamos a construir uma nova equipa, uma jovem equipa. Penso que a Inglaterra está muito nervosa".
Os ingleses já vão poder contar com Wayne Rooney, que finalizou o cumprimento dos dois jogos de castigo, com Blokhin a rir-se quando questionado se o seleccionador da Inglaterra, Roy Hodgson, deverá colocar a titular o avançado do Manchester United FC, depois de Andy Carroll e Danny Welbeck terem marcado na sexta-feira, na vitória por 3-2 sobre a Suécia. "Todos os treinadores gostariam de ter essa dor de cabeça", disse.
No caso de Blokhin, a sua dor de cabeça é de outra natureza. O facto de a Ucrânia ter de ganhar em Donetsk depois de seis tentativas no passado não é preocupação – "um dia vai acabar por acontecer" – mas o estado do joelho de Andriy Shevchenko, é. "Se ele não puder jogar amanhã, será uma grande perda para nós", disse o seleccionador, de 59 anos, que colocou em "50-50" as possibilidades dele jogar, tendo revalado a sua preocupação com o assunto. Pedindo respeito pelos seus outros jogadores, manteve o seu discurso desafiador, desejante de bater a Inglaterra na Donbass Arena.
Do lado inglês, Hodgson ficou muito satisfeito por a confiança ter subido depois da vitória sobre a Suécia "A este nível, sabemos que a confiança vem das vitórias", explicou. "Sonhar faz parte do futebol e estou feliz por as pessoas agora pensarem que podemos ir mais longe".
Com Theo Walcott declarado "pronto para jogar" depois de um problema muscular, a Inglaterra estará na máxima força para chegar pela terceira vez aos quartos-de-final desde que terminou em terceiro na competição, em 1968. Hodgson espera que Rooney esteja no seu melhor também apesar de ter estado de fora, por castigo. "Se tanto, estará na mesma forma do que quando estava quando fez o último pelo Manchester United".
Quando questionado se ele iria jogar no lugar de Carroll ou Welbeck, o seleccionador inglês usou a mesma metáfora do seu colega ucraniano. "É a típica dor de cabeça do treinador, com os jogadores em forma a disputarem um lugar". Quer as dores de cabeça sejam verdadeiras ou não, um destes homens irá sentir, quase certamente, uma dor verdadeira amanhã à noite.