Bento elogia capacidade para reagir à adversidade
domingo, 17 de junho de 2012
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Paulo Bento destacou mais uma vez a "capacidade de reagir à adversidade" no "jogo mais mais brilhante" de Portugal no UEFA EURO 2012 e alertou para a qualidade da República Checa, adversária nos quartos-de-final.
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O seleccionador de Portugal, Paulo Bento, destacou mais uma vez a "capacidade de reagir à adversidade" e considerou a exibição na vitória de 2-1 sobre a Holanda como o "jogo mais mais brilhante" da equipa no UEFA EURO 2012. No entanto, alertou para a qualidade da República Checa, adversária nos quartos-de-final. Do lado da Holanda, Bert van Marwijk reconheceu: "Não fizemos um bom jogo."
Paulo Bento, seleccionador de Portugal
Hoje foi o jogo mais brilhante que fizemos, especialmente depois dos 12 minutos, mas uma coisa que nos deixa satisfeitos foi a capacidade de reagir à adversidade, a personalidade e o carácter muito grande da parte dos jogadores. Alcançámos um objectivo importante para a selecção e penso que também para o país-
Agora é a Republica Checa e era bom que tivéssemos a noção de que não somos favoritos. Tudo aquilo que seja pensar em facilidades é dar o primeiro passo para fazer as malas mais cedo. Não damos favoritismo à República Checa, mas não nos consideramos favoritos. Temos de analisar o adversário ainda melhor que fizemos e depois ver qual a melhor estratégia frente a uma equipa que tem valor e qualidade e que, tal como nós, teve capacidade de superar a derrota no primeiro jogo. Não sei se é este 11 que vai entrar contra a República Checa.
Foi o jogo em tivemos qualidade durante mais tempo, mas contra a Alemanha e Dinamarca também jogámos bem. Temos demonstrado qualidade e consistência. Em jogos oficiais perdemos apenas com a equipa que ficou à nossa frente na fase de qualificação para o Campeonato do Mundo e do Europeu, a Dinamarca, e com Alemanha, finalista do EURO e semifinalista do Mundial. Estou orgulhoso pela qualidade reagindo à adversidade num dos grupos mais fortes de todos em que Portugal participou.
No final do jogo não saí do campo para cumprimentar individualmente todos os jogadores. Não só os que jogam, mas os que não jogam por opção da nossa parte. Hoje temos um país que, na grande maioria está feliz por termos chegado aos quartos-de-final. Estava informado do que estava a acontecer no outro jogo e na parte final, ao mesmo tempo que fomos controlando o nosso jogo, controlámos o outro.
Bert van Marwijk, seleccionador da Holanda
Começámos muito bem e conseguimos um golo. depois do passe errado do Gregory [Van der Wiel] houve alguma incerteza na equipa. Houve alturas em que tivemos muitas oportunidades a nosso favor. A derrota com a Dinamarca foi onde essa incerteza começou. Vimos novamente que quando sofremos um golo a incerteza permanece. Se tivéssemos marcado o segundo teríamos ficado mais seguros de nós. Não aproveitamos as nossas oportunidades. Se tivéssemos ganho o primeiro jogo, no qual desperdiçámos muitas oportunidades, talvez tivéssemos sido uma equipa diferente.
Disse antes que esta era uma situação especial. Numa final, às vezes um empate é bom, pois pode-se ir a prolongamento e a penalties. Aqui não. Sabíamos que teríamos de vencer por 2-0, havia que arriscar. Estamos desapontados, não fizemos um bom jogo hoje, sou eu o responsável. Esta equipa é basicamente a mesma de há dois anos, com algumas excepções em algumas posições. Tornámos a equipa mais jovem. Sabia que não iria ser fácil fazer o que fizemos há dois anos.
O Van Persie é dos melhores nº 10 do Mundo e temos muitos jogadores para o ataque; o Wesley também jogou muito bem. Com um erro, Portugal voltou ao jogo. Os jogadores que costumam fazer a diferença para nós não o fizeram hoje. Mas vêm o que aconteceu ao nosso oponente – o Cristiano Ronaldo teve dois jogos em que foi muito criticado e hoje foi decisivo.