Golos de Gomez foram parte do plano de Löw
quarta-feira, 13 de junho de 2012
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Joachim Löw elogiou a forma como a Alemanha aproveitou os espaços concedidos pela defesa da Holanda no triunfo por 2-1, enquanto Bert van Marwijk lamentou "a falta de coragem" da sua equipa.
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A vitória da Alemanha sobre a Holanda por 2-1 foi a história de duas defesas, de acordo com os seleccionadores Joachim Löw e Bert van Marwijk. Enquanto Löw se mostrou deliciado com a actuação do seu sector mais recuado, bem como com a forma como Mario Gomez obteve os golos, Van Marwijk lamentou a falta de coragem da sua equipa, mas diz acreditar ainda na passagem aos quartos-de-final.
Bert van Marwijk, seleccionador da Holanda
Claro que estamos desiludidos. Estivemos bem nos primeiros 20 minutos – actuámos da forma que eu queria que jogássemos. Criámos algumas boas oportunidades, e o golo da Alemanha acabou por surgir do nada. Concedemos demasiado espaço.
No segundo tempo procurei corrigir a situação e, ao fim de 15 ou 20 minutos, conseguimos causar alguns problemas à Alemanha e, em especial depois do golo de [Robin] van Persie. Foi pena não termos sido felizes esta noite. Penso que fomos corajosos a atacar, tal como já o havíamos sido frente à Dinamarca, mas acho que não fomos suficientemente bons e suficientemente corajosos a defender. Continuamos a acreditar em nós mesmos e vamos continuar a lutar.
Gosto de jogar com três atacantes – em 4-3-3 – apostando bastante na velocidade e na criatividade, mas não fomos suficientemente fortes pelos flancos esta noite. E esse tipo de táctica dita, geralmente, a forma como as coisas se desenrolam. Ainda temos hipóteses de seguir em frente e, enquanto essa hipótese existir temos de acreditar que é possível. Foi o que disse no balneário e é exactamente isso que os meus jogadores pensam.
Joachim Löw, seleccionador da Alemanha
Com esta vitória abrimos as portas dos quartos-de-final. Está nas nossas mãos confirmar o apuramento no domingo, frente à Dinamarca. Hoje assistimos a um jogo bastante intenso e equilibrado. Foi jogado debaixo de temperaturas extremas e foi complicado manter a mesma velocidade durante todo o encontro. Estivemos muito bem a nível defensivo, visto que o futebol da Holanda Holland é muito atacante. Contam com quatro ou cinco jogadores de topo.
Conseguimos contrariar o jogo deles e eles não conseguiram ter muitas ideias. Quando estávamos a ganhar 2-0 achei que a Holanda se deixou abater um pouco e podíamos ter feito o terceiro golo. Depois o jogo tornou-se um pouco mais interessante, mas julgo que merecemos a vitória. Algo que não sabíamos era que a Holanda não é tão forte nos lances de um para um na defesa, e foi assim que acabaram por surgir os nossos dois golos. Houve pequenos espaços junto de [Joris] Mathijsen e [John] Heitinga e percebemos que se conseguíssemos entrar nesses espaços, poderíamos criar muito perigo.
O facto é que neste denominado grupo da morte já temos seis pontos. Há sempre que analisar o jogo depois de ele terminar, mesmo quando se vence. Podíamos ter atacado um pouco melhor e ser mais perigosos em frente à baliza, mas estivemos bastante compactos e isso é muito importante.