Kadlec sonha com repetição da vitória de 1996
terça-feira, 19 de junho de 2012
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Miroslav Kadlec fez parte da equipa da República Checa que derrotou Portugal nos quartos-de-final do EURO '96 e o seu filho, Michal, disse ao UEFA.com que o mesmo resultado partida de quinta-feira, ante o mesmo adversário, seria "um sonho".
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Miroslav Kadlec foi o pilar da defesa da República Checa que derrotou Portugal nos quartos-de-final, na caminhada até à final, perdida, do EURO '96. Dezasseis anos depois, o seu filho Michal, enfrenta o mesmo desafio, pois os mesmos adversários vão-se encontrar na mesma faze da prova, esta quinta-feira, em Varsóvia.
A equipa do pai de Michal surpreeendeu muita gente em Inglaterra, pois eram poucos os elementos que jogavam fora do país. Em claro contraste, os comandados de Michal Bílek contam com nomes consagrados, como Petr Čech e Tomáš Rosický, mas a sua presença nos quartos-de-final é o corolário de uma difícil e árdua caminhada. Uma fase de qualificação pouco convicente terminou numa vitória no "play-off" sobre o Montenegro, que garantiu o bilhete para a Polónia e Ucrânia, onde sofreriam a maior derrota de sempre numa grande competição.
No entanto, a derrota por 4-1 com a Rússia foi colmatada com triunfos sobre a Grécia e Polónia, que valeram um encontro com o conjunto liderado por Paulo Bento. Será talvez o maior desafio dos checos até agora, mas é também um que lembra coisas boas, conforme confirmou o jovem Kadlec ao UEFA.com. "O grupo deles era tido como o mais forte, mesmo antes do Europeu começar", disse. "Por isso já sabíamos que os quartos-de-final não seriam fáceis. Por outro lado, há adversários fáceis em uns quartos-de-final de um EURO?"
"É uma coincidência que seja o mesmo jogo de 1996 com a diferença que nós nos apurámos em primeiro e Portugal em segundo. Mas de resto é tudo igual. Portugal é o favorito e se terminar como em 1996, será um sonho. Vamos fazer tudo para que a nossa prova não fique por aqui".
Os checos já estaríam em casa ou numa praia qualquer se Kadlec não tivesse, acrobaticamente desviado, a segundos do fim, um remate de Robert Lewandowski que faria o empate no encontro de sábado, ganho por 1-0, ante o co-anfitrião. O defesa do Bayer 04 Leverkusen destacou-se no centro da defesa contra a Polónia, como já havia feito na vitória por 2-1 sobre a Grécia, quatro dias antes, em contraste com a prestação a defesa-esquerdo na pesada derrota sofrida frente à Rússia.
"Foi uma surpresa ter jogado no lado esquerdo da defesa. Não estou a arranjar desculpas, porque joguei nessa posição a época toda em Leverkusen. Agora joguei os últimos dois jogos a defesa-central, pelo que cabe ao treinador decidir o que é melhor para a equipa e eu jogarei em conformidade", disse Kadlec, que se juntou aos colegas num elogio público ao treinador, ao cantarem o nome de Bílek depois de garantido, no Estádio Municipal de Wroclaw, o apuramento para os quartos-de-final.
"O nosso treinador passou por um mau bocado, pelo que quisemos expressar a nossa confiança nele dessa maneira e dar-lhe apoio, apesar de ele dizer que é melhor criticá-lo a ele do que aos jogadores. Ele prefere ser assobiado em vez de nós, mas penso que isso não é agradável para ninguém, em especial depois de ele nos ter trazido até aqui, com sucesso, na fase de qualificação e depois no "play-off". Depois do primeiro jogo, podíam ter assobiado toda a gente e penso que é mau assobiar pessoas em particular. Assim espero que essa situação não se volte a repetir com ninguém".