Martin ansioso por reencontro com Ucrânia
quinta-feira, 14 de junho de 2012
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Marvin Martin está particularmente entusiasmado com o próximo jogo da França no UEFA EURO 2012 quando enfrentar a Ucrânia, na Donetsk Donbass Arena.
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Marvin Martin está particularmente entusiasmado com o próximo jogo da França no UEFA EURO 2012 quando enfrentar a Ucrânia, na Donetsk Donbass Arena. Foi quase há um ano exacto, contra o mesmo adversário, que o centro-campista do FC Sochaux-Montbéliard fez umas das mais memoráveis estreias de um jogador na história da selecção francesa.
Os "bleus" estavam empatados 1-1 contra a equipa de Oleh Blokhin quando Martin substituiu, aos 76 minutos, Yohan Cabaye. Quinze minutos, dois golos e uma assistência depois, era aclamado como o novo herói do país. "Claro que tenho muito boas memórias deste estádio", disse, esta semana, o médio de 24 anos ao UEFA.com. "Espero que possa acrescentar mais a esse álbum."
A emocionante estreia de Martin criou uma onda de entusiasmo. Sem contar com Bafétimbi Gomis, só Zinédine Zidane tinha feito a sua estreia com dois golos na contabilidade final. Como Zidane, Martin é abençoado com visão e equilíbrio. Já tinha contribuído com 17 assistências numa época em que o Sochaux assegurou o quinto lugar na Ligue 1. Em França comentava-se que "MM" estava pronto para assumir o lugar de "ZZ". Mas na verdade, o estilo de Martim é bastante menos vistoso do que o de Zinedine. Usa a bola com rapidez e simplicidade, mantendo um fluxo de jogo constante.
Laurent Blanc aprecia a simplicidade de Martin. O treinador francês pensou que o modesto estratega poderia repetir a sua façanha de Donestsk , dando-lhe os últimos 12 minutos de jogo na última segunda-feira. Mas desta feita, a defesa inglesa manteve-se firme: "Andava a pensar no que aconteceu aqui há um ano", disse Martin depois da sua 13 internacionalização. "Muitas pessoas falaram-me disso antes do jogo, mas assim que entrei em campo só pensava naquele encontro e naquele momento."
Os duas vezes campeões europeus dominaram a parte final do jogo e tiveram várias oportunidades, apesar de nunca conseguirem passar por Joe Hart. Mesmo assim, Martin não vê o 1-1 final como um resultado desapontante: "Fizemos um bom jogo. Entrámos a perder por causa de um começo hesitante, mas reagimos bem. Isso comprova que temos uma mentalidade forte. E, depois disso, controlámos a posse de bola e criámos oportunidades de golo. Penso que tivemos 19 remates contra três da Inglaterra. É uma pena não termos alcançado a vitória, mas o mais importante era não perder."
A maturidade de Martin torna-se evidente quando fala. Teve de crescer rapidamente ao longo deste último ano: a sua forma baixou e o Sochaux teve de lutar muito para evitar a descida de divisão. "Foi uma época complicada", admite. "Algumas pessoas apontavam-me e a alguns colegas de equipa como os responsáveis pela situação do clube, mas demos a nossa resposta no campo. O Sochaux garantiu a permanência e sinto-me muito feliz em relação a isso. Eu não queria deixar o clube que me formou na Ligue 2."
Com a sua transferência para o LOSC Lille Métropole quase acertada- "já chegámos a um acordo e devo jogar no Lille na próxima época" -, Martin está feliz com a sua estadia na selecção. "É um grande prazer integrar a selecção francesa e a mudança de ambiente fez-me muito bem." O grau de integração de Martin nas próximas semanas está dependente de Blanc. O antigo líder FC Girondins de Bordeaux já disse que está a considerar fazer mudanças para o jogo com a Ucrânia. E é verdade que o currículo de Martin pode funcionar a seu favor.
O criador de jogo, nascido em Paris não está, no entanto, à espera de outra vitória por 4-1. "Acho que vai ser mais difícil," diz-nos. "Todos viram a maneira como jogaram [contra a Suécia]. Lutaram ainda mais depois de terem sofrido o golo." Como os seus colegas, Martin escolhe Andriy Shevchenko como a maior ameaça aos franceses. Já os ucranianos vão, de certeza, olhar desconfiadamente para o número 19 francês.