Kiev recebe campistas suecos

No UEFA EURO 2012, nasceu uma nova república autónoma na Ilha Trukhanov, em Kiev – o seu nome? Campo Suécia.

O local, que é a casa dos adeptos viajantes da Suécia, abrange uma área de quase 22 hectares, rodeada pelo Rio Dnepr, com instalações para até 6500 pessoas. Este estado sueco na Ucrânia divide-se em três condados: ouro, prata e bronze. Os preços, e a população de cada um, variam. Famílias com crianças e idosos vivem aparte dos adeptos mais novos, que representam grande parte da população.

Muitos deles deslocaram-se desde a Suécia nos seus próprios carros, que estão estacionados num parque seguro, especialmente construído para o efeito, mas todos estão a aproveitar a oportunidade para atravessarem o rio e explorarem o centro da cidade de Kiev. "Gostamos da localização conveniente da ilha", disse Ilva, que veio apoiar a selecção sueca com três amigos. "No campo podemos desfrutar da natureza, porque estamos a viver numa floresta, rodeada pelo rio. Mas apenas temos que atravessar a ponte pedonal para entrar no corrupio de uma grande cidade. É um contraste maravilhoso".

O Campo Suécia tem a sua própria componente doméstica, com várias actividades recreativas, bem como um ecrã gigante, que permite aos campistas assistirem aos jogos do UEFA EURO 2012 sem deixarem o local. "Eu e os meus amigos gostamos de vir para aqui à noite ver os jogos dos outros grupos", disse Lennart, que veio com amigos desde Malmo.

"Quando não há futebol – de manhã ou de tarde – gostamos de jogar futebol, badminton e ténis", continua Lennart. "Uma coisa muito boa é que também se podem alugar bicicletas. Um dia fomos bem para o interior da ilha e entusiasmamo-nos tanto que nos perdemos. Andámos às voltas durante algum tempo até que encontrámos ciclistas locais, que nos ajudaram a encontrar o caminho de regresso ao campo. É romântico. Gostamos bastante".

Essa ajuda local tem sido uma das características definidoras deste enclave sueco, com os residentes a destacarem as excelentes relações que mantêm com a população de Kiev. Ilva disse: "Uma noite, o nosso carro avariou quando estávamos quase a chegar a Kiev. Estávamos atrapalhados porque não sabíamos o que fazer. Mas tivemos sorte, porque o condutor de outro veículo parou e ajudou-nos. Ele apercebeu-se que éramos estrangeiros que vieram apoiar a sua selecção no EURO, brincou com o problema do nosso carro e aceitou rebocar-nos até à oficina mais próxima. E foi assim que conseguimos chegar até à capital".