Montolivo com coraçao dividido
quarta-feira, 27 de junho de 2012
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"Kiev é o nosso objectivo e está ao alcance", disse o meio alemão Riccardo Montolivo ao UEFA.com quando a Itália se prepara para uma "meia-final louca" frente ao país onde nasceu a sua mãe.
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Filho de pai italiano e mãe alemã, Riccardo Montolivo talvez tenha um conhecimento mais profundo do que a maioria sobre o adversário da Itália nas meias-finais do UEFA EURO 2012, esta quinta-feira. No entanto, o médio acredita que os "azzurri" têm o que é preciso para chegar à final de domingo. "Kiev é o nosso objectivo e está ao alcance", disse ao UEFA.com.
Montolivo participou em apenas um jogo da fase de grupos, mas disputou os 120 minutos no empate 0-0 da Itália nos quartos-de-final, do qual a equipa de Cesare Prandelli emergiu triunfante após um desempate por penalties tenso. Caso a Inglaterra tivesse sido mais implacável nos seus remates, o jogador de 27 anos talvez fosse recordado pelo seu falhanço, que ditaria o afastamento do torneio, mas felizmente a sorte esteve do lado do antigo jogador da ACF Fiorentina. Assim, protagonizou um excelente jogo e a Itália recuperou com a ajuda do penalty ousado de Andrea Pirlo.
"Ele passou-nos uma mensagem de confiança com o penalty marcado", disse Montolivo ao UEFA.com. "Foi um golo louco e certamente colocou pressão sobre a Inglaterra, já que falhou os dois penalties seguintes. Quanto ao meu, foi uma pena ter atirado ao lado, mas o mais importante é que nos apurámos."
Apesar ter vencido com dificuldades no domingo, o segundo classificado do Grupo C dominou os quartos-de-final, em mais um exemplo da sua melhoria progressiva. "Não creio que iremos jogar de forma diferente na quinta-feira", disse Montolivo. "Vamos continuar iguais. Ao explorar um estilo de jogo expansivo desde o início do torneio até agora, continuámos a melhorar e pretendemos dar seguimento a isso na próxima partida. Vamos defrontar uma grande equipa, e vamos fazê-lo praticando um futebol aberto."
O novo estilo da Itália é a marca distinta de um treinador que orientou Montolivo durante cinco anos na Fiorentina, o clube que trocou pelo AC Milan recentemente, e a relação com o seu antigo mentor beneficiou-o quando Thiago Motta não pôde defrontar a Inglaterra. "Conheço Prandelli muito bem", explicou Montolivo. "Trouxe calma e colocou-nos a praticar bom futebol. Essa tem sido a nossa prerrogativa nos últimos dois anos e vamos continuar a jogar desta forma. A sua melhor qualidade é saber como ensinar futebol – ele é como um professor."
Prandelli tem tentado convencer os seus jogadores de que são suficientemente bons para assumirem o controlo do jogo e pressionarem o adversário, e parece que agora conseguiu. "Temos o que é preciso para ir até ao fim e mostrámos o quanto somos bons nos jogos até ao momento", disse Montolivo. "Neste ponto temos que dar o nosso melhor, independentemente do adversário. Segue-se a Alemanha, mas podia ser outra selecção qualquer; Kiev é o nosso objectivo e está ao alcance."
Montolivo está entusiasmado por defrontar o país onde nasceu e foi criada a sua mãe, e o jogador, fluente em alemão, descreveu o encontro de Varsóvia como um "jogo especial", apesar de acreditar que uma selecção "azzurri" unida pode frustrar o bom momento dos parentes da sua progenitora. "O ponto forte da Itália é o grupo", disse o médio, que conta com 35 internacionalizações e um golo.
"Cada um dos 23 jogadores vai dar o seu máximo para a causa. Jogamos juntos há dois anos. O plantel manteve-se praticamente o mesmo e por isso temos a possibilidade de rodar jogadores. Podemos trocar um por outro sem que isso afecte a forma de jogar da equipa e o seu desempenho."
"Vai ser uma meia-final louca. A Alemanha é uma equipa muito forte, dotada tecnicamente e com prestígio. Tem vindo a jogar bem e a ganhar há muitos anos, e vai estar bem preparada para nós. Mas sabemos o nosso valor. Sem dúvida que vamos tentar ser mais eficazes diante da baliza, e isso aplica-se aos médios e aos avançados. O mais importante é criar oportunidades; depois, estou certo que os golos vão aparecer."