Smuda com fé na Polónia para o arranque
quinta-feira, 7 de junho de 2012
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O seleccionador da Polónia, Franciszek Smuda, está com fé na sua jovem equipa para o jogo de abertura do UEFA EURO 2012, mas sabe que não será fácil bater a Grécia.
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A longa espera da Polónia está a acabar. Após dois anos de jogos particulares, a Europa vai finalmente ver do que é feita a equipa de Franciszek Smuda, quando o UEFA EURO 2012 arrancar em Varsóvia com o jogo de abertura do Grupo A entre os polacos e a Grécia.
Este será o primeiro de 31 jogos em 24 dias e Smuda espera que este seja um mês memorável para o futebol polaco. "O ambiente está a ficar cada vez melhor", explicou. "Percebemos isso quando vamos para os treinos. Sentimos o apoio nas ruas, as pessoas a aplaudir e a acenar. É muito bom. Espero que seja para continuar até ao fim do torneio.
Isso significaria que a Polónia cumpriu o papel enquanto país organizador, mas a missão de Smuda é fazer com que os jogadores cumpram em campo. Nos últimos 30 anos, a Polónia ganhou apenas três jogos de grandes competições internacionais e não passou da primeira fase do EURO há quatro anos. Ainda assim, o técnico está confiante e acredita que o grupo de jogadores que escolheu quando substituiu Leo Beenhakker no cargo de seleccionador, em 2009, não o irá deixar ficar mal.
"Se vou dormir bem esta noite? Sim, estou certo disso", referiu. "Antes dos jogos muito importantes, costumo ter dificuldades para adormecer, mas esta equipa convenceu-me de que posso confiar nela. Os jogadores convenceram-me de todas as maneiras ao longo dos últimos dois anos e meio. Só espero que, juntos, possamos conseguir o que desejamos."
A Polónia não perdeu nenhum dos últimos seis jogos, tendo ganho cinco, e Smuda deverá apostar no mesmo "onze" que coleccionou triunfos diante da Eslováquia e de Andorra. No enquanto, no que diz respeito a jogos de abertura, a história não costuma estar do lado da equipa da casa.
A Suíça, em 2008, e Portugal, em 2004, perderam na estreia, e, desde 1984, apenas por duas vezes a vitória sorriu aos anfitriões. Como Smuda fez questão de destacar, os livros também dizem que as partidas de abertura são sempre equilibradas. "Muitas vezes, estes primeiros jogos dão em empates", indicou, admitindo que não vai arriscar tudo em buscar dos três pontos nos minutos finais se o jogo estiver empatado. "Um empate significa que ainda estaremos na corrida."
A qualidade defensiva de ambas as equipas também sugere equilíbrio. A Polónia não sofre golos há cinco jogos, enquanto a excelência da Grécia na defesa pode confirmar-se com os cinco golos encaixados nos dez jogos da fase de apuramento. "Os gregos são perfeitos a defender", disse Smuda. "Será um grande desafio tentar batê-los."
Fernando Santos, seleccionador da Grécia, prefere, no entanto, salientar que a sua equipa tem mais do que uma retaguarda rigorosa. "Penso que a defesa tem sido a chave do sucesso desta equipa, mas atacar é tão importante como defender", afirmou, acrescentando: "Se só soubéssemos defender, não estaríamos aqui."
Esta será a primeira grande competição internacional do treinador português, desde que substituiu Otto Rehhagel no comando da selecção da Grécia, a vencedora do UEFA EURO 2004. Santos concedeu que os ex-campeões europeus continuam a ser uma equipa pragmática. "É bastante razoável dizer isso, mas sabemos quais são as nossas qualidades", comentou. Entre essas qualidades, estão, a exemplo do que sucedia no tempo de Rehhagel, a ameaça nas bolas paradas de Giorgos Karagounis e Sotiris Ninis.
Em termos de experiência, os gregos partem em vantagem relativamente à Polónia, a segunda equipa mais jovem da competição. Karagounis e Kostas Katsouranis estiveram presentes na vitória dos helénicos sobre Portugal no jogo de abertura do UEFA EURO 2004 - Karagounis marcou o primeiro golo no triunfo grego por 2-1 - e essa experiência poderá agora ser vital.
O Estádio Nacional de Varsóvia está vestido de vermelho e branco no exterior e, por dentro, terá as mesmas cores durante o jogo. As expectativas são altas e Smuda sublinha que a imprensa polaca tem descrito a selecção como "uma equipa para o século XXI". O futuro começa agora. Terá a Polónia capacidade para vencer ou irá a Grécia estragar de novo a festa?