Olsen elogia coragem dinamarquesa
sábado, 9 de junho de 2012
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Morten Olsen elogiou os triunfadores dinamarqueses por se "atreverem a jogar futebol frente à selecção holandesa", enquanto o seleccionador da Holanda, Bert van Marwijk, sentiu-se frustrado.
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Morten Olsen admitiu que a Dinamarca teve uma ponta de sorte para poder derrotar a Holanda, mas elogiou os seus jogadores por terem sido suficientemente corajosos para jogarem o seu jogo no triunfo por 1-0sobre os holandeses, no jogo inaugural do Grupo B. Por seu turno, Bert van Marwijk lamentou a incapacidade da sua equipa em concretizar somente uma das várias oportunidades que a sua selecção dispôs e já tem os olhos postos na Alemanha.
Morten Olsen, seleccionador da Dinamarca
Estou feliz e muito orgulhoso. Creio que foi uma exibição fantástica. Atrevemo-nos a jogar futebol frente à Holanda que, é claro, teve as suas oportunidades. Mas também tivemos as nossas e, sem ser parcial, creio que a vitória foi mais do que justa.
Dissemos antes do jogo que se queríamos vencer uma destas equipas tínhamos que jogar ao mais alto nível, ter boas prestações individuais e uma forte exibição colectiva. Mais importante, confiámos na nossa forma de jogar. Isto é muito importante, especialmente frente a uma equipa como a da Holanda, que gostar de ser dominante. Também era importante mostrar como e porque nos apurámos para esta fase final. A maior parte dos jogadores atingiram um nível bastante elevado para conseguirem vencer uma boa selecção holandesa.
Se quisermos derrotar uma selecção como essa - e as equipas que ainda temos que defrontar - temos que jogar bem, mas, também, ter um pouco de sorte. Também tivemos outras ocasiões e gostamos de jogar em envolvimento e, às vezes, encontrámos espaço para isso. Apesar de tudo, podíamos ter jogado melhor e, por vezes, perdemos a bola a meio-campo. Em algumas ocasiões fizemos o último passe demasiado rápido. Há coisas que teremos que melhorar frente a Portugal.
Bert van Marwijk, seleccionador da Holanda
Se pensamos que somos melhores num encontro como este, temos, no final, que dar um passo atrás. Mas é difícil dizer a uma equipa que está a perder, que sente estar a ser a melhor equipa, que deve recuar no terreno em vez de atacar. Creio que, no fim, tudo isto acabou por influir, assim como o tempo húmido, mas não estou a procurar desculpas. Dificilmente se pode criticar um jogador como Wesley Sneijder, que trabalhou tanto e que foi o melhor em campo. Ele tentou tudo. Quantas vezes ele isolou companheiros na cara do guarda-redes em posições nas quais deviam ter marcado? Não lhe posso dizer que temos que recuar 20 metros.
Jogámos ao máximo das nossas capacidades. Os jogadores queriam muito aproveitar as oportunidades de que dispusemos, mas a bola não quis entrar. Lançámos substitutos e fomos mais ofensivos e dispusemos de ainda mais oportunidades. Mas o jogo é isto. Não sei [o que se passou], mas não foi só apenas [Robin] van Persie - houve quatro, cinco ou seis jogadores que dispuseram de várias oportunidades.
Fomos determinados e melhores que os nossos adversários, mas é claro que temos que marcar golos, pois faz parte do jogo. Ainda podemos fazer bastante e apenas temos que derrotar a Alemanha. Não será fácil, mas agora o objectivo é esse e todos sabem disso.