O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Alonso recorda glória espanhola

Para Xabi Alonso, a vitória sobre a Itália, nos quartos-de-final de 2008, foi o "ponto de viragem" no destino da Espanha. Mas, como diz ao UEFA.com, não dá nada por adquirido antes do reencontro de domingo.

Xabi Alonso fala com Graham Hunter
Xabi Alonso fala com Graham Hunter ©Sportsfile

Durante a preparação para o emocionante encontro do Grupo C, entre os dois últimos campeões mundiais, muito se tem falado sobre o estatuto de besta negra da Itália quando defronta a Espanha.

É um facto que os espanhóis não vencem a Itália, em 90 minutos num jogo oficial, desde 1920, mas também é verdade que os "azzurri" representam o momento revelador da Espanha no futebol moderno de selecções. Isso aconteceu em 2008, a caminho de a Espanha vencer o seu primeiro torneio desde 1964, e Viena testemunhou uma noite de puro drama – e um rito de passagem. Xabi Alonso sofreu como espectador no banco de suplentes da equipa de Luis Aragonés, e isso permite-lhe recordar os acontecimentos de forma tranquila e analítica.

UEFA.com: Xabi, até que ponto esse desempate por penalties foi um ponto de viragem para a Espanha?

Alonso: Sabíamos que ia ser um jogo-chave, porque antes de 2008 tínhamos sido eliminados várias vezes nos quartos-de-final e nos oitavos-de-final. Queríamos finalmente mudar essa história. A Itália era campeã mundial, sabíamos o quanto ia ser difícil. Foi um jogo muito duro, que controlámos e no qual criámos várias ocasiões, mas acabou por ser decidido no desempate por penalties – finalmente a sorte esteve do nosso lado e passámos à fase seguinte. Transformou-se no momento em que todos disseram "este é o jogo-chave, o nosso ponto de viragem". Foi quando acreditámos que podíamos ser campeões europeus, porque tirou um peso enorme das nossas costas.

UEFA.com: Até que ponto é importante esse aspecto psicológico?

Alonso: Nesse dia, tal como mencionei, isso libertou-nos, e dissemos para nós próprios que, se conseguimos suplantar o adversário, temos todas as hipóteses de seguir até à final. Foi o dia em que tivemos essa ponta de sorte extra, que é sempre precisa para ganhar um Mundial ou um EURO.

UEFA.com: Vão ser capazes de vencer a Itália?

Alonso: Vai ser muito difícil, especialmente com todos os problemas e más notícias que têm afectado o adversário, e isso implica sermos ainda mais cautelosos.

UEFA.com: Sente alguma pressão extra neste EURO dado que ganharam os dois últimos torneios internacionais, ou sente-se mais relaxado por causa desses feitos?

Alonso: Existem alguns pontos-de-vista irreais. Podemos ganhar este EURO, mas também podemos ser eliminados. Isso aconteceu com a Itália, quando foi afastada no último EURO. O futebol é imprevisível e o vencedor não está decidido à partida.

Seleccionados para si