Alonso recorda glória espanhola
sábado, 9 de junho de 2012
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Para Xabi Alonso, a vitória sobre a Itália, nos quartos-de-final de 2008, foi o "ponto de viragem" no destino da Espanha. Mas, como diz ao UEFA.com, não dá nada por adquirido antes do reencontro de domingo.
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Durante a preparação para o emocionante encontro do Grupo C, entre os dois últimos campeões mundiais, muito se tem falado sobre o estatuto de besta negra da Itália quando defronta a Espanha.
É um facto que os espanhóis não vencem a Itália, em 90 minutos num jogo oficial, desde 1920, mas também é verdade que os "azzurri" representam o momento revelador da Espanha no futebol moderno de selecções. Isso aconteceu em 2008, a caminho de a Espanha vencer o seu primeiro torneio desde 1964, e Viena testemunhou uma noite de puro drama – e um rito de passagem. Xabi Alonso sofreu como espectador no banco de suplentes da equipa de Luis Aragonés, e isso permite-lhe recordar os acontecimentos de forma tranquila e analítica.
UEFA.com: Xabi, até que ponto esse desempate por penalties foi um ponto de viragem para a Espanha?
Alonso: Sabíamos que ia ser um jogo-chave, porque antes de 2008 tínhamos sido eliminados várias vezes nos quartos-de-final e nos oitavos-de-final. Queríamos finalmente mudar essa história. A Itália era campeã mundial, sabíamos o quanto ia ser difícil. Foi um jogo muito duro, que controlámos e no qual criámos várias ocasiões, mas acabou por ser decidido no desempate por penalties – finalmente a sorte esteve do nosso lado e passámos à fase seguinte. Transformou-se no momento em que todos disseram "este é o jogo-chave, o nosso ponto de viragem". Foi quando acreditámos que podíamos ser campeões europeus, porque tirou um peso enorme das nossas costas.
UEFA.com: Até que ponto é importante esse aspecto psicológico?
Alonso: Nesse dia, tal como mencionei, isso libertou-nos, e dissemos para nós próprios que, se conseguimos suplantar o adversário, temos todas as hipóteses de seguir até à final. Foi o dia em que tivemos essa ponta de sorte extra, que é sempre precisa para ganhar um Mundial ou um EURO.
UEFA.com: Vão ser capazes de vencer a Itália?
Alonso: Vai ser muito difícil, especialmente com todos os problemas e más notícias que têm afectado o adversário, e isso implica sermos ainda mais cautelosos.
UEFA.com: Sente alguma pressão extra neste EURO dado que ganharam os dois últimos torneios internacionais, ou sente-se mais relaxado por causa desses feitos?
Alonso: Existem alguns pontos-de-vista irreais. Podemos ganhar este EURO, mas também podemos ser eliminados. Isso aconteceu com a Itália, quando foi afastada no último EURO. O futebol é imprevisível e o vencedor não está decidido à partida.