Olsen não revela plano dinamarquês

O treinador da Dinamarca, Morten Olsen, reconhece que a sua equipa vai ter uma tarefa difícil quando defrontar uma Holanda em grande forma no seu jogo inaugural no Grupo B do UEFA EURO 2012, este sábado. Mas o técnico, de 62 anos, sabe muito bem que o momento de forma não é garantia de sucesso nas grandes competições.

UEFA.com: Não falta muito tempo para o jogo contra a Holanda. O que podemos esperar?

Morten Olsen: É um jogo frente a um dos candidatos à vitória final, do nosso ponto-de-vista, por isso, como é óbvio, a Holanda é favorita. Mas isso não significa que vamos atirar a toalha ao chão e dizer que não temos hipóteses. Naturalmente que vamos tentar e aproveitar a oportunidade com as duas mãos.

UEFA.com: O que precisa de acontecer para agarrarem essa oportunidade?

Olsen: Precisamos de ser bem-sucedidos no nosso jogo e, como é óbvio, ter um bocado de sorte, que é sempre necessária, seja uma decisão favorável do árbitro, uma lesão ou um remate ao poste. Não estamos a praticar remates que acertem no poste e não entrem, queremos, isso sim, é que a bola acerte no poste e entre. No entanto, estamos a lidar com pessoas e às vezes não temos aquela ponta de sorte de que necessitamos. Frente à Holanda, talvez precisemos de um pouco mais de sorte do que frente aos outros adversários do grupo. Mas é isso que devemos desejar.

UEFA.com: A Holanda possui vários bons jogadores. Há algum que mereça atenção especial?

Olsen: Defrontámo-la há dois anos e é praticamente a mesma equipa, por isso sabemos que precisamos de ter cuidado com alguns jogadores. Mas o foco terá de ser sobre o colectivo, já que têm uma excelente equipa.

UEFA.com: Qual vai ser a sua principal arma?

Olsen: Não tenho intenção de divulgar esse tipo de informação aqui, já que acredito que Bert van Marwijk é suficientemente experiente para ser capaz de utilizar qualquer tipo de informação que eu possa revelar. Cabe à Holanda descobrir isso e não seremos nós a dá-la de bandeja.

UEFA.com: Ainda existem alguns lugares em aberto no seu "onze" inicial...

Olsen: É assim que deve ser, sim. Precisamos de mais do que 11 jogadores e, de facto, temos mais do que isso.

UEFA.com: Diz que é positivo haver competição pelos lugares. Não é difícil para os jogadores não saberem onde vão alinhar?

Olsen: Não, eles sabem as respectivas posições. Existem alguns jogadores que podem alinhar em duas, três ou quatro e existem outros que são bons em apenas uma. Por isso toda a gente sabe, não há nada a esconder. Temos algumas semelhanças entre os jogadores, mas também algumas diferenças e precisamos disso, como é óbvio. Tacticamente, se mudamos de esquema táctico, existe a possibilidade de um jogador ser substituído, dando lugar a outro com características semelhantes. Mas o que entra pode ter outras capacidades.

UEFA.com: Também depende da equipa que defronta?

Olsen: Talvez, pois sabemos que vamos enfrentar equipas que são favoritas à vitória. Mas o que é que isso significa no futebol actual? Claro que às vezes acaba por significar alguma coisa, mas nem tudo tem que ver com o momento de forma.