Chalkias e Tzavellas desejam repetir 2004

Três vencedores do UEFA EURO 2004 – Giorgos Karagounis, Kostas Katsouranis e Kostas Chalkias – ambicionam repetir o feito com a Grécia este Verão, por isso não surpreende que quando falam à comunicação social, a conversa se centre nos eventos inesquecíveis de há oito anos, em Portugal.

Chalkias esteve entre os jogadores que falaram na primeira conferência de imprensa da Grécia, à chegada ao seu quartel-general em Legionowo, na Polónia, e inevitavelmente foi-lhe pedido para comparar a equipa de  Fernando Santos com os campeões de Otto Rahhagel. "Na última década a selecção grega alcançou muitas coisas, como apurar-se para a fase final de grandes competições de selecções", disse o guarda-redes de 38 anos. "Esta é uma equipa que está constantemente a melhorar, a evoluir, e que possui recursos para um grande futuro. É por isso que não gosto de comparar gerações. Em vez disso, vejo uma continuidade."

O torneio de 2004 começou com uma vitória sobre o anfitrião Portugal, e a Grécia volta a inaugurar a fase final frente à equipa da casa, defrontando a Polónia em Varsóvia, na sexta-feira. Chalkias, que há oito anos não saiu do banco dos suplentes, disse: "O primeiro jogo de uma competição é sempre decisivo, dá o mote para o resto da prova."

O lateral-esquerdo Giorgos Tzavellas, que se estreia num torneio deste género, moraliza-se com os feitos dos seus predecessores. "A selecção polaca vai sentir a pressão porque vai jogar em casa. Não somos arrogantes, respeitamos todos os adversários, mas ao mesmo tempo não temos nada a temer. A Grécia já estragou a festa dos anfitriões uma vez, há oito anos, e espero que isso se repita."

Outro novato a este nível, Giannis Maniatis, está a adorar a experiência. "Queria muito fazer parte desta equipa, e vai ser o palco mais importante onde já joguei", disse o reconvertido lateral-direito, que inspirou o Olympiacos FC à conquista do campeonato no seu novo papel, no meio-campo. "Tem sido uma época memorável para mim. Vou continuar a trabalhar com a mesma dedicação de sempre."

Tal como a equipa que partiu para Portugal, esta selecção grega é forte na defesa, e Maniatis explica: "Sofremos poucos golos, mas o mérito pertence a toda a equipa e não apenas à defesa". Tzavellas acrescentou: "A nossa esperança é ter todo o plantel apto, continuar a jogar bem na defesa e melhorar o jogo ofensivo. Se conseguirmos isso, estaremos no bom caminho."

Até ao momento, o seu primeiro desejo é uma realidade. Todo o plantel está disponível, já que Vassilis Torossidis retomou os treinos sem condicionalismos esta segunda-feira, depois de ter recuperado de uma lesão no joelho contraída a 26 de Maio, no amigável frente à Eslovénia.