Rosický e Necid colocam pressão na Rússia

Quando República Checa e Rússia iniciarem a sua campanha no Grupo A, defrontando-se na sexta-feira, jogadores de ambas as equipas vão estar frente-a-frente com caras conhecidas. No entanto, Tomáš Rosický disse ao UEFA.com que esse tipo de familiaridade apenas impõe respeito, e não desprezo.

O prestígio de Rosický permite que os adversários saibam quase tudo sobre o capitão checo quando este liderar a sua equipa em Wroclaw. No entanto, caso o treinador checo Michal Bílek precise, o médio do Arsenal FC também pode dar informações valiosas sobre o seu homólogo russo e colega de equipa, Andrey Arshavin. Apesar de na época passada Arshavin ter tido poucas oportunidades como titular no Arsenal, situação que originou o empréstimo ao seu antigo clube, o FC Zenit St Petersburg, em Fevereiro passado, Rosický não tem dúvidas sobre a ameaça que o habilidoso russo representa para as ambições checas no torneio.

"Quando se vê jogos da Rússia, o Andrey também continua a ser um jogador-chave na selecção, disso não há dúvidas", disse Rosický ao UEFA.com, depois de ter passado grande parte dos três últimos anos ao lado de Arshavin no norte de Londres. "O Andrey continua a ser um grande jogador e estou certo que vai representar um perigo enorme para nós."

Rosický não é o único jogador checo que vai reencontrar um colega de equipa no relvado do Estádio Municipal de Wroclaw. O avançado Tomáš Necid pode vir a enfrentar cinco dos seus colegas no PFC CSKA Moskva esta sexta-feira, e depois de se ter transferido para a capital russa há três anos, está bem posicionado para identificar as qualidades que valeram aos pupilos de Dick Advocaat o triunfo no Grupo B de qualificação.

"O seu ponto-forte é o ataque. Possui bons médios e avançados, que podem marcar golos ou fazer circular muito a bola no meio-campo antes de fazerem o último passe", disse o jovem de 22 anos. "Aguardo com muita expectativa este jogo. Vai ser muito especial para mim já que muitos jogadores do meu clube, por exemplo [Aleksei] Berezutski, [Alan] Dzagoev e [Igor] Akinfeev, alinham pelo adversário. São excelentes jogadores, que constituem a espinha-dorsal da equipa, e estou entusiasmado por me cruzar com eles."

Enquanto os checos foram eliminados na fase de grupos do UEFA EURO 2008, a Rússia protagonizou uma caminhada surpreendente até às meias-finais, antes de perder com a futura campeã Espanha. A Grécia e a co-anfitriã Polónia, bem como os checos, estão no seu caminho na fase de grupos, mas Rosický acredita que a Rússia é forte candidata a ocupar um dos dois primeiros lugares do grupo, que dão acesso à fase a eliminar.

"Quando se fala em favorito do grupo, é inevitável referir a Rússia", disse. "É uma equipa muito experiente e que pratica bom futebol, por isso o nosso primeiro jogo é sem dúvida o mais difícil. O grupo pode parecer muito renhido, mas a Rússia, graças à experiência da sua equipa, vai certamente ser um oponente complicado."