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Valdés destaca as virtudes da Espanha

O guarda-redes Victor Valdés considera que os torneios podem ser ganhos nas mesas de bilhar e de pingue-pongue e explicou ao UEFA.com que o bom ambiente pode conduzir a Espanha a mais vitórias.

Victor Valdés num treino da Espanha
Victor Valdés num treino da Espanha ©AFP

Um dos pequenos segredos da conquista de troféus por parte da Espanha nos últimos quatro anos é atingir o estado de graça com a mentalidade certa neste tipo de torneios.

Fora do futebol profissional, muitas pessoas pensam simplesmente que ser jovem, talentoso e bem pago é suficiente para um futebolista estar totalmente concentrado, motivado e jogar ao mais alto nível. Nem sempre é assim.

Tédio, frustração, solidão, falta de forma podem ser uma pedra na engrenagem se um jogador não tiver a mentalidade correcta. No entanto, a Espanha, tanto sob o comando de Luis Aragonés em 2008 como liderada por Vicente Del Bosque, há dois anos, quando ganhou o Campeonato do Mundo, parece ter encontrado o espírito e modo de viver certos que mantêm a motivação alta e a cabeça completamente focado no trabalho que têm pela frente.

Victor Valdés experimentou isso mesmo pela primeira na África do Sul e pretende, se não for chamado a tomar o lugar do habitual titular Iker Casillas, fazer a sua parte para manter a selecção “roja” na elite. "Desde que faço parte da selecção tenho notado a importância de áreas onde os jogadores podem relaxar e fazer jogos diferentes, como as cartas, bilhar ou ténis de mesa, e partilhar momentos com os restantes elementos do plantel", disse ao UEFA.com. "Tudo isso cria um bom ambiente que é preciso para ganhar os jogos.”

“Para um equipa ser bem-sucedida é vital que exista um bom ambiente no seio da equipa, que cada um jogador dê o que pode pelo bem da selecção nacional. No entanto, no final do dia, é necessário haver um bom ambiente para que tal aconteça.”

Se há outras duas selecções que têm, quase sempre, uma mentalidade competitiva nas grandes competições que lhe permitem ser candidatas ao título, independentemente do momento de forma e das lesões, são a Alemanha e a Itália, que é a adversária de Espanha no Grupo C no próximo domingo.

Álvaro Arbeloa, que deve ser o defesa-direito dos campeões europeus em título, não esconde a admiração pela solidez da atitude que os italianos mostram sempre em campo. "A Itália pode estar em dificuldades, sem conseguir controlar o jogo, parece que não estão a fazer nada, mas conseguem resistir e, se tiverem uma oportunidade, ganham o jogo", salientou ao UEFA.com. "Os italianos têm esta característica, são muito competitivos e têm uma natureza vencedora que lhe permitiu ganhar tantos títulos".

Valdés considera que Del Bosque acertou em cheio quando apontou Andrea Pirlo como o jogador mais importante desta selecção italiana. O guarda-redes admira a mentalidade dos italianos e o pequeno organizador de jogo da Juventus. "É o jogador que carrega o meio-campo italiano", explicou o espanhol de 30 anos. "Tudo passa por ele. Os italianos têm extremos que sobem muito ao ataque. Os avançados jogam muito em profundidade e estão sempre à espera de uma assistência do Pirlo. Temos de estar muito atentos a ele, mas sabemos como podemos fazer frente a este estilo de jogo".