Pareiko apela à calma na Estónia
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
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Sergei Pareiko tenta esquecer o entusiasmo gerado pelo segundo lugar da Estónia no Grupo C, agora que se aproxima o "play-off": "Quanto mais normal for a nossa preparação, melhor".
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A República da Irlanda representa um grande obstáculo para a Estónia no "play-off" do UEFA EURO 2012, mas o guarda-redes Sergei Pareiko espera que a sua equipa possa causar problemas aos comandados de Giovanni Trapattoni.
Inesperada segunda classificada do Grupo C de apuramento, a Estónia está a dois jogos da fase final do próximo ano, mas defronta uma selecção irlandesa que ainda não esqueceu o afastamento do Campeonato do Mundo de 2010, também no "play-off". Com início em Talin, esta sexta-feira, e conclusão em Dublin, na terça-feira, uma das equipas vai ter de ceder.
"Recentemente defrontei alguns jogadores irlandeses, por isso já conheço alguma coisa deles", disse Pareiko, que teve pela frente Stephen Kelly e Damien Duff nos recentes jogos do Wisła Kraków frente ao Fulham FC, a contar para a UEFA Europa League. "A técnica dos seus jogadores é óbvia. Estes dois jogos vão ser especiais. Técnica é um factor importante, mas carácter e sorte também vão pesar no desfecho final.
"Algumas pessoas disseram que passes curtos e futebol rápido podem ser boas armas frente à República da Irlanda", acrescentou Pareiko. "Nos jogos contra a Rússia [empate a zero] e Arménia [derrota por 1-0] ficou evidente que os irlandeses às vezes não conseguem lidar com jogadores rápidos e habilidosos".
A equipa de Tarmo Rüütli contrariou as probabilidades no Grupo C ao terminar à frente da Sérvia, participante no último Mundial, e que venceu por 3-1 em Belgrado; um bom prenúncio para Pareiko, que disse: "A Sérvia esteve muito bem no Mundial de 2010, onde venceu a Alemanha. A Irlanda não se qualificou para essa prova nem para o Campeonato da Europa anterior. No entanto, foi segunda classificada de um grupo muito difícil".
Despreocupado se alguns dos seus colegas de equipa têm sido pouco utilizados nos respectivos clubes – "pode ser uma vantagem" – o Nº1 do Wisła, de 34 anos, conseguiu retirar pontos positivos da derrota ante o vizinho MKS Cracovia Kraków no campeonato, que custou o lugar ao treinador Robert Maaskant. "O futebol é assim", desvalorizou. "A seguir à desilusão vem o sucesso".
Não estando prevista queda de neve para a primeira mão, em Talin, na sexta-feira, Pareiko espera que a sua equipa possa esquecer a euforia causada pelos feitos no Grupo C, ciente de que o sucesso tem o hábito de gerar pressão. "Pode afectar-nos de forma negativa", disse. "Quanto mais normal for a nossa preparação, melhor. É este o segredo do sucesso: manter a calma antes dos jogos e mostrar aquilo de que somos capazes em campo".