Gilardino reencontrado com os golos

Depois de ter inaugurado o marcador na goleada por 5-0 da Itália frente às Ilhas Faroé e ter terminado com 11 meses sem marcar, o ponta-de-lança Alberto Gilardino descreveu este seu regresso aos golos pela selecção como "uma sensação muito boa".

Gilardino não marcava pelos "azzurri" desde um "hat-trick" no triunfo por 3-2 sobre Chipre em Parma, a contar para a fase de apuramento para o Mundial de 2010, a 10 de Outubro de 2009, mas depois de cinco jogos sem marcar, bateu Gunnar Nielsen aos 11 minutos, de cabeça. E tudo isto aconteceu no cenário perfeito para Gilardino, precisamente no estádio onde costuma alinhar pela sua equipa, o ACF Fiorentina.

"Para mim, foi muito importante esse golo, em especial porque inaugurámos o marcador", disse o internacional de 28 anos. "Já não marcava há muito tempo pelo que foi um golo que queria muito fazer. E ser em Florença, frente aos meus adeptos, foi uma sensação muito boa."

Gilardino ficara no banco do "onze" de Cesare Prandelli na partida de sexta-feira, ganha pela Itália por 2-1 na Estónia, pelo que com o chegar do 17º golo em 44 encontros, o seu antigo treinador no Parma FC e na Fiorentina terá mais um problema para resolver quando escolher a equipa titular para o embate ante a Eslovénia, a 8 de Outubro.

"Não vejo a competição entre nós como um problema", disse Gilardino, cujo golo foi secundado pelos tentos de Daniele De Rossi, Antonio Cassano, Fabio Quagliarella e Andrea Pirlo, e que ajudaram a Itália a ficar no topo do Grupo C. "De facto, acho-a saudável. É algo que me motiva e quantos mais avançados centro houver para aumentar a competição, melhor. Quanto melhores forem os avançados, melhor, pois obriga-nos a aproveitar as oportunidades que surgem."

"Não acho que tenha tratamento preferencial por já ter trabalhado com Prandelli anteriormente, porque todos temos tido hipóteses para actuar e ganhar o lugar. Sou um jogador muito experiente e vou lutar para que seja o escolhido por Prandelli."

Foi também uma noite especial para Emiliano Viviano. Acabado de se amealhar a sua primeira internacionalização no estádio onde costumava vir seguir a sua equipa da juventude na Curva Fiesole, o guardião do Bologna FC estava feliz pela exibição efectuada. "Foi a estreia perfeita", afirmou. "Não podia ter corrido melhor e sentimentalmente foi especial."

"Nunca pensei que fosse fazer a minha estreia em Florença, em frente dos meus adeptos, pois as possibilidades de tal acontecer eram pequenas. Jogar pelo meu país é um feito fantástico, mas fazê-lo em Florença foi quase impossível de acreditar. Os adeptos reagiram muito bem, mas eu conheço-os muito bem e esperava uma recepção assim. Agora temos que aproveitar este bom momento e continuar a melhorar pois sabemos que virão jogos difíceis a seguir, pelo que temos de estar prontos."

Até o defesa das Ilhas Faroé Atli Gregersen comentou o excelente ambiente em contraste com o mau resultado conseguido. "Foi fantástico jogar em frente a todos estes adeptos, que foram magníficos, mas o resultado não foi bom para nós", disse o defesa do Ross County FC. "É muito difícil jogar contra a Itália e depois do golo revelaram enorme qualidade na posse de bola. Somos jogadores muito honestos e nunca somos os favoritos e acho que neste jogo tudo se encaixou nesse facto."