UEFA EURO 2012: A história até ao momento
segunda-feira, 21 de março de 2011
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Espanha, Alemanha e Holanda ainda não perderam pontos na qualificação para o EURO 2012, mas as maiores surpresas foram os começos fulgurantes de Noruega e Montenegro.
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No final do Verão de 2010, 51 equipas encetaram o caminho que leva até à Polónia e à Ucrânia e é sem surpresa ver que a Espanha, campeã europeia e mundial, ainda não perdeu pontos, tal como Alemanha e Holanda. Rússia e Noruega, esta renascida graças a Egil Olsen, também efectuaram um começo perfeito, enquanto o Montenegro tem impressionado na campanha de estreia.
Grupo A
As quatro vitórias da Alemanha incluíram um triunfo por 3-0 sobre a Turquia, em Berlim, com dois golos de Miroslav Klose, que já leva seis remates certeiros. Mas o pior para a Turquia surgiu quatro dias depois, quando perdeu por 1-0 no Azerbaijão, resultado que o seleccionador Guus Hiddink descreveu como "um dos piores dias da minha carreira". A Áustria está em segundo lugar, depois de manter o início invicto com um empate 4-4 na Bélgica, no dia 12 de Outubro, partida em que Martin Harnik empatou aos 93 minutos.
Grupo B
A Rússia, de Dick Advocaat, lidera o grupo graças a três vitórias fora, a mais recente no impressionante sucesso por 3-2 frente à República da Irlanda, no qual Aleksandr Kerzhakov, Alan Dzagoev e Roman Shirokov garantiram uma vantagem de três golos antes da resposta tardia da Irlanda. Os russos perderam o único encontro realizado em casa até agora, frente à Eslováquia, por 1-0, em Setembro. No entanto, a equipa de Vladimír Weiss saiu depois derrotada por 3-1 da Arménia e ocupa o quarto posto depois do empate caseiro a um golo com a Irlanda, segunda classificada.
Grupo C
A campanha da Itália começou com um susto, já que esteve em desvantagem frente à Estónia durante 45 minutos, na estreia oficial do treinador Cesare Prandelli, mas os "azzurri" responderam por intermédio de Antonio Cassano e Leonardo Bonucci. Depois de o jogo com a Sérvia, no dia 12 de Outubro, ter sido interrompido devido a distúrbios em Génova, a UEFA atribui a vitória à Itália por 3-0, que a coloca com dez pontos em 12 possíveis. A única partida em que a Itália perdeu pontos foi no empate a zero em casa da Irlanda do Norte. A formação de Nigel Worthington já tinha causado dissabores à Eslovénia, ao ganhar por 1-0, em Maribor, mas empatou 1-1 com as Ilhas Faroé, cujo herói acabou por ser o guarda-redes Jákup Mikkelsen, veterano de 40 anos que regressou à selecção devido à lesão de Gunnar Nielsen.
Grupo D
O novo seleccionador da França, Laurent Blanc, teve a pior estreia possível com uma derrota caseira por 1-0 ante a Bielorrússia, cujo tento surgiu a quatro minutos do fim por intermédio de Sergei Kislyak. Contudo, os "bleus" responderam com triunfos consecutivos por 2-0 frente a Bósnia-Herzegovina, Roménia e Luxemburgo. A Bielorrússia segue invicta no segundo lugar, após ter terminado o programa de jogos outonal com uma vitória caseira sobre a Albânia, por 2-1, a surpresa do grupo.
Grupo E
A Holanda, finalista vencida do Campeonato do Mundo, soma 12 pontos e tem o melhor marcador da fase de qualificação até ao momento, Klaas-Jan Huntelaar, com oito golos – os últimos dois na vitória por 4-1 sobre a Suécia, a 12 de Outubro. O novo seleccionador sueco, Erik Hamrén, viu a sua equipa ser ultrapassada no segundo lugar pela Hungria, que respondeu à derrota com os suecos, logo na jornada inaugural, com três vitórias consecutivas, incluindo o triunfo por 2-1 na Finlândia, alcançado por Balász Dzsudzsák, aos 94 minutos, e a goleada sobre San Marino, por 8-0, que sucumbiu pela mesma margem frente à Finlândia.
Grupo F
A Croácia está no bom caminho para estar presente na fase final, pois somou dez pontos em quatro jornadas – a recente vitória por 3-0 sobre Malta deixou-a na liderança com mais dois pontos do que a Grécia, ainda sem derrotas. O treinador português Fernando Santos assustou-se na estreia pelos helénicos, pois esteve desvantagem frente à Geórgia durante 69 minutos, altura em que Nikos Spyropoulos fez o empate. Os georgianos, comandados por Temuri Ketsbaia, são terceiros classificados e têm mantido a série de bons resultados: empataram com Israel, venceram Malta e teriam feito o mesmo na Letónia não fosse um golo sofrido nos descontos.
Grupo G
O Montenegro, de Zlatko Kranjčar, teve um início de sonho e lidera o agrupamento depois de três vitórias consecutivas – todas por 1-0 – e um nulo frente à Inglaterra. Mirko Vučinić esteve em destaque com os golos frente ao País de Gales e à Suíça, mas o conjunto dos Balcãs empatou em Wembley sem a sua presença e ainda não sofreu golos, tal como a Bielorrússia. A Inglaterra venceu Bulgária e Suíça, que respondeu com um triunfo por 4-1 sobre a selecção galesa, à procura de novo seleccionador após a saída de John Toshack no rescaldo da derrota com Montenegro, em Setembro.
Grupo H
Egil Olsen levou a Noruega a participar pela primeira vez no Campeonato do Mundo, nos anos de 1990, e volta novamente a pôr o país a sonhar, depois de ter vencido Islândia, Portugal e Chipre. "Sou o primeiro a admitir que no ataque deixamos muito a desejar, mas a nível defensivo somos de classe mundial", disse o técnico de 68 anos, após o triunfo caseiro de 1-0 sobre Portugal, em Setembro. Para os lusitanos, essa derrota seguiu-se ao surpreendente empate 4-4 com o Chipre, em casa, sob o comando provisório de Agostinho Oliveira. No entanto, desde que Paulo Bento substituiu Carlos Queiroz, triunfos sobre Dinamarca e Islândia devolveram as esperanças portuguesas de apuramento.
Grupo I
A Espanha manteve o momento de forma demolidor evidenciado na África do Sul e iniciou a defesa do título europeu com vitórias sobre Liechtenstein (4-0) e Lituânia (3-1). Enfrentou maior resistência ante a Escócia, em Hampden Park, no dia 12 de Outubro, jogo em que o suplente Fernando Llorente assinou o tento da vitória aos 79 minutos, depois de os anfitriões terem recuperado de dois golos de desvantagem. A República Checa ocupa o segundo lugar, após ter respondido à derrota caseira com a Lituânia – Darvydas Šernas fez de cabeça o único golo da partida e Žydrūnas Karčemarskas defendeu um penalty de Milan Baroš – com vitórias sobre os escoceses e o Liechtenstein.