Portugal marca passo em Guimarães
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Sumário do artigo
Portugal 4-4 Chipre
A selecção portuguesa parecia destinada a um arranque vitorioso no Grupo H, mas um tento de Avraam, aos 89 minutos, deitou tudo a perder.
Conteúdo media do artigo
Corpo do artigo
Portugal cedeu um inesperado empate (4-4) na recepção ao Chipre, num jogo disputado em Guimarães e referente à primeira jornada do Grupo H da fase de apuramento para o UEFA EURO 2012.
O Chipre nunca antes sequer tinha empatado frente a Portugal e, mais impressionante ainda, só tinha logrado marcar dois golos nas oito anteriores partidas entre as duas selecções. Mas, a provar que a tradição não passa disso mesmo, os visitantes precisaram apenas de três minutos para ganharem vantagem no Estádio D. Afonso Henriques. Efstathios Aloneftis combinou bem com Michalis Konstantinou e apareceu isolado perante Eduardo, que tinha saído da baliza a tentar encurtar o ângulo, com o médio do AC Omonia a assinar um brilhante "chapéu" que fez a bola entrar calmamente na baliza portuguesa.
Portugal reagiu bem à adversidade e restabeleceu a igualdade cinco minutos volvidos, quando Nani cruzou bem da direita, aparecendo Hugo Almeida a facturar com um vistoso desvio de cabeça para o poste mais distante da baliza à guarda de Antonis Georgallides. O Chipre não se deixou abater pela rápida recuperação do adversário e voltou a beneficiar de um erro do sector mais recuado de Portugal para fazer o 2-1 aos 11 minutos. Raul Meireles falhou ao tentar controlar uma bola enviada para as costas do sector português mais recuado e disso se aproveitou Konstantinou para ultrapassar Eduardo e atirar a contar.
Novamente obrigado a correr atrás do prejuízo, Portugal lutou, pressionou e rematou ainda mais, mas teve de esperar até ao minuto 29 para chegar ao 2-2, com a estirada de Georgallides a não ser suficiente para parar o remate de fora da área de Meireles. Apesar do intenso domínio, de Konstantinou ter tirado sobre a linha de golo um cabeceamento de Hugo Almeida e de Georgallides ter negado o 3-2 a Fábio Coentrão com uma fantástica defesa para canto já nos descontos, a verdade é que o intervalo chegou com as duas equipas empatadas e tudo em aberto para a etapa complementar.
Portugal não operou qualquer substituição durante o descanso e a confiança depositada no "onze" inicial rendeu dividendos aos 50 minutos, altura em que os anfitriões ganharam finalmente vantagem no encontro. Ricardo Quaresma cobrou um canto no lado esquerdo que a defesa cipriota não conseguiu anular por completo, tendo o esférico sobrado para Coentrão, que parou no peito e cruzou para o cabeceamento vitorioso de Danny. Quem pensou que o espectro da surpresa estava definitivamente afastado teve de acordar para a realidade aos 57 minutos, já que o recém-entrado Yiannis Okkas deu o melhor seguimento a um passe de mestre de Constantinos Charalambides e assinou o 3-3.
A montanha-russa de emoções conheceu novo ponto alto apenas três minutos depois, com Manuel Fernandes a desferir um remate indefensável de pé direito ainda de fora da área. Estava feito o 4-3. O ritmo frenético da partida e do próprio marcador abrandou finalmente após o quarto golo português, mas Nani ainda acertou na barra aos 74 minutos, na cobrança de um livre directo. Liedson não quis ficar atrás e também viu um seu disparo à meia-volta levar a bola a embater no poste, com o desperdício português a revelar-se fatal aos 89 minutos, já que Andreas Avraam aproveitou uma defesa para a frente de Eduardo para empurrar de cabeça para o 4-4 final.