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O exemplo suíço de Müller

Se quisermos fazer um resumo da campanha da Suíça no UEFA EURO 2008™, a história do defesa-central Patrick Müller é uma boa forma de começar.

Patrick Müller sentiu dores após a derrota por 2-1 contra a Turquia
Patrick Müller sentiu dores após a derrota por 2-1 contra a Turquia ©Getty Images

Se quisermos fazer um resumo da campanha da Suíça no UEFA EURO 2008™, a história do defesa-central Patrick Müller é uma boa forma de começar.

Muito azar
Müller, descendente de austríacos e que tem passaporte dos dois países que organizam o Europeu, chegou à fase final ainda a recuperar de uma lesão nos ligamentos do joelho e sem clube, depois de ter sido dispensado pelo Olympique Lyonnais. Blaise Nkufo, Steve von Bergen, David Degen, Tranquillo Barnetta e Fabio Coltorti também tiveram problemas físicos, mas se Müller foi um dos sortudos que recuperou a tempo da competição, a sua estreia não foi nada afortunada, já que a República Checa venceu o encontro, depois de um erro da defesa helvética. Poucos dias depois, a selecção da casa mediu forças com a Turquia e, por essa altura, já os dois principais avançados da equipa, Alexander Frei e Marco Streller, se tinham lesionado. Para tornar o panorama ainda pior, um remate de Arda Turan no período de compensação desviou em Müller e estabeleceu o 2-1 final, resultado que afastou a Suíça da competição.

Pelos adeptos
"É uma enorme desilusão", resumiu Müller. "Jogámos bem, mas faltou-nos sempre algo nos momentos decisivos". Assim, a equipa de Köbi Kuhn vai jogar apenas pelo prestígio quando defrontar Portugal este domingo no St. Jakob-Park, com o defesa de 31 anos a garantir que é mesmo isso que a selecção da casa irá fazer frente aos vencedores do Grupo A. "Temos de esquecer a desilusão sofrida e perceber que, no fundo, nos devemos sentir felizes por ter a oportunidade de jogar esta partida", disse. "Temos de dar tudo pelos nossos adeptos".

Motivações extra
Depois de ter feito tudo para estar apto para a fase final, os adeptos esperam de Müller um último esforço e uma exibição como as que realizava no FC Basel 1893. "Antes do jogo contra a República Checa, já não fazia uma partida oficial há seis meses, mas até fiquei bastante satisfeito com a exibição", admitiu. "Posso fazer ainda mais, mas sinto-me bem", acrescentou. O seleccionador suíço, Kobi Kühn, também já elogiou as exibições da equipa, referindo que o que faltou foi, acima de tudo, alguma ponta de sorte nesta sua última competição após sete anos à frente da equipa. Müller sabe que, por isso, todos os jogadores suíços vão querer agradar ao próximo treinador, Ottmar Hitzfeld, encontrando ainda mais um ponto de motivação para aquela que será a sua 80ª internacionalização. "Já tirei as minhas coisas do apartamento em França e, agora, estou à procura de novo clube".