Sem margem para erros em Viena
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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Tanto a Áustria como a Polónia surgirão no Ernst-Happel-Stadion sabendo que mais um passo em falso levará ao afastamento do UEFA EURO 2008™.
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Tanto a Áustria como a Polónia surgirão no Ernst-Happel-Stadion, em Viena, na "corda bamba", pois sabem que mais um passo em falso levará ao afastamento da fase final do UEFA EURO 2008™.
"Optimista por natureza"
Para a Áustria, a situação é particularmente complicada porque desde 1980 que apenas dois países-anfitriões - a Itália, em 1980, quando uma selecção se qualificava da fase de grupos directamente para a final, e a Bélgica, 20 anos mais tarde - não conseguiram, no mínimo, chegar às meias-finais. O seleccionador Josef Hickersberger comentou: "Será um jogo decisivo para ambas as equipas, pois têm de vencer para poderem pensar nos quartos-de-final. É claro que [não nos qualificarmos] seria uma enorme desilusão para mim, para a equipa, para cada jogador e todos os austríacos. Não vou especular sobre desastres, porque sou optimista por natureza e acredito que ainda temos hipóteses, depois do jogo com a Polónia".
Suplentes inspiradores
Ambas as equipas, que se estreiam em fases finais do Campeonato da Europa, iniciaram as respectivas campanhas no Grupo B a perder. A Áustria foi suplantada por uma grande penalidade convertida logo aos quatro minutos pela Croácia, mas a sua exibição na segunda parte permite algum optimismo e um resultado diferente na próxima partida. O técnico tem pensado em alterações e tanto Ivica Vastic como Ümit Korkmaz, que foram suplentes utilizados, estão na expectativa de começar o próximo jogo como titulares. A Polónia está numa situação semelhante e Hickersberger avisou os adeptos austríacos das dificuldades que os polacos colocarão. "Eles estiveram no Mundial 2006 e, para esta fase final, apuraram-se à frente de Portugal, pelo que são muito fortes. Mas estamos convencidos que temos equipa não apenas para jogar bem, como para ganhar".
"Expectativas mais elevadas"
Uma possível vantagem para a equipa de Hickersberger é que a expectativa é maior no seio dos polacos, dada a maior experiência em fases finais. "Na Áustria, somos realistas. Sabemos a posição que actualmente ocupamos nos rankings internacionais. Ainda assim, estabelecemos objectivos ambiciosos e, enquanto tivermos possibilidades de os alcançarmos, acreditaremos nas nossas hipóteses. Para a Polónia, a situação é diferente: eles têm expectativas maiores", considera Hickersberger. No entanto, os polacos foram derrotados, por 2-0, pela Alemanha e perderam o capitão Maciej Żurawski devido a uma lesão muscular, enquanto Mariusz Lewandowski está a contas com um problema num tornozelo. Assim, Roger Guerreiro e Marek Saganowski estão a postos, à espera da titularidade.
Factor-casa
O homólogo da Polónia, o holandês Leo Beenhakker, avisou os seus pupilos para terem cuidado com o factor-casa e o que este poderá inspirar os austríacos. "Muitas vezes nas fases finais vemos as equipas que actuam em casa jogarem a um nível ainda mais elevado, motivados pelo ambiente que envolve a equipa e as pessoas. Vemos em qualquer outro desporto e até nos Jogos Olímpicos, quando o país-anfitrião conquista mais medalhas. Este é um jogo decisivo para a fase final, pelo que, desse ponto de vista, temos quase a mesma função como treinadores. Nenhum de nós tem um [Thierry] Henry ou um [Ruud] van Nistelrooy, que podem fazer a diferença, mas isso não quer dizer que não tenhamos bons jogadores".