Lagerbäck lamenta derrota amarga
sábado, 14 de junho de 2008
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Apesar do desaire, o seleccionador sueco mantém-se optimista, enquanto Luis Aragonés enalteceu o ambiente que reina na equipa espanhola.
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O seleccionador de Espanha, Luis Aragonés, diz que a invulgar reacção ao golo de David Villa, que nos últimos instantes valeu o triunfo sobre a Suécia em Innsbruck, se ficou a dever ao "belo" ambiente que se vive na sua equipa, aproveitando para descrever o golo decisivo como "quase impossível. O seu homólogo sueco, Lars Lagerbäck, que perdeu um ponto que parecia garantido, classificou a derrota como um golpe "amargo", pois Zlatan Ibrahimović, que saiu ao intervalo com uma lesão num joelho, tinha anulado a vantagem espanhola assegurada com um golo de Fernando Torres, aos 15 minutos. Apesar de tudo, o nórdico continua optimista em levar a sua equipa até aos quartos-de-final.
Lars Lagerbäck, seleccionador da Suécia
Esta é uma forma muito amarga de perder um jogo, com tudo a ficar decidido nos últimos segundos. Jogámos muito bem na primeira parte e criámos mais oportunidades de golo. A Espanha teve muita posse de bola e também criou boas oportunidades, por isso temos de os felicitar. Antes do encontro afirmei que eles são a melhor equipa do mundo a trocar a bola, por isso, e apesar da derrota, tenho de deixar uma palavra de apreço à minha equipa. Apesar da grande desilusão, tudo continua nas nossas mãos. Nos próximos dias vamos recarregar as baterias, para depois nos prepararmos para outro jogo fantástico. Penso que temos boas hipóteses de garantir a qualificação e esta equipa tem uma grande personalidade. Nas próximas 24 horas, todos vão estar desiludidos, mas a equipa vai reagir pois o futuro depende apenas de nós.
O Zlatan sentiu uma dor no joelho e tivemos uma curta conversa com a nossa equipa médica. Provavelmente poderia ter jogado mais alguns minutos, mas achámos que era melhor retira-lo de campo, para não correr o risco de agravar o problema. Os suplentes estiveram bem, mas o Zlatan tinha feito uma exibição fantástica na primeira parte e a equipa, naturalmente, ressentiu-se da alteração. Acho que a lesão é o mesmo problema que ele sentiu depois do jogo com a Grécia, por isso penso que poderá alinhar na próxima partida. Não sei se estamos demasiado dependentes do Zlatan, mas ele é um jogador de classe mundial. Quando se tem um jogador deste calibre, é natural que ele tenha uma grande importância na equipa e que tenhamos mais hipóteses de vencer quando ele está em campo.
Luis Aragonés, seleccionador de Espanha
Penso que fomos a melhor equipa, especialmente na segunda parte. A Suécia estava muito cansada e nós aproveitámos para criar situações de perigo. A equipa jogou melhor quando conseguimos manter a bola. Tenho um grande respeito pela Suécia, é uma boa equipa, que sabe aproveitar bem os passes longos. Nós também optamos pelos lançamentos longos porque podemos contar com a velocidade do Fernando Torres. Quando eles conseguiam recuperar a bola, partiam para cima de nós e sentimos grandes dificuldades para tentar travar jogadores que têm mais 20 centímetros de altura. A Suécia deu-nos muito trabalho, mas tivemos mais posse de bola e conseguimos criar algumas boas oportunidades. Tivemos sorte em ter o Villa, que marcou um golo que era praticamente impossível. Quem viu de fora, ficou a pensar "Como é que ele conseguiu fazer aquilo"?
Temos sempre de acreditar na sorte, mesmo sabendo das dificuldades que sentimos em campo e do valor das outras equipas. A minha comemoração não é muito habitual, mas eu vi a reacção dos suplentes e é importante que o treinador sinta a forma como os outros viveram o golo. Foi invulgar, pois não sou um homem de grandes comemorações, mas o golo surgiu nos instantes finais. O mais bonito foi a forma como os jogadores que estavam em campo se dirigiram ao banco, para comemorar em conjunto com os suplentes.