Hiddink orgulhoso da sua equipa

O treinador da Rússia, Guus Hiddink, sentiu-se imensamente orgulhoso dos seus jogadores, depois do triunfo por 2-0 sobre a Suécia, que garantiu à sua equipa a presença nos quartos-de-final, onde vão agora enfrentar a Holanda, em Basileia. No entanto, as coisas foram um pouco "amargas" para o seleccionador sueco Lars Lagerbäck, que viu a sua equipa falhar o apuramento em Innsbruck.

Guus Hiddink, seleccionador da Rússia
Estou especialmente orgulhoso da minha equipa por este feito e pelos progressos que conseguiu em poucos dias. Disse aos jogadores que deviam lutar ou ir embora. Tiveram de fazer essa escolha e eles decidiram-se por lutar e jogar com toda a sua força de vontade, pelo que é por isso que estou orgulhoso. Foi incrível a forma como tentaram chegar ao primeiro golo o mais rapidamente possível. O único reparo que tenho a fazer é em relação às oportunidades que desperdiçámos. Deveríamos ter marcado o segundo golo ainda antes do intervalo e na etapa complementar tivemos várias ocasiões para chegar ao 3-0.

[Andrei] Arshavin é um jogador que decide de forma rápida e que cria perigo. Pode virar à esquerda ou à direita e saber imediatamente onde se encontra o adversário. Faltava-lhe frescura física, mas o motivo por que o coloquei a titular foi porque ele podia fazer a diferença e estávamos à espera que o fizesse no derradeiro jogo do Grupo D. Os suecos preferem quando o adversário utiliza dois avançados que jogam de costas para a defesa, mas não gostam quando atacamos a sua linha média defensiva e foi precisamente isso que tentámos explorar. [O jogo frente à Holanda] vai ser especial, isto porque conheço os jogadores e o treinador. [Eles] têm a grande vantagem de beneficiar de cinco dias de descanso.

Lars Lagerbäck, seleccionador da Suécia
Gostaria de dar os parabéns à selecção russa. Hoje foi melhor do que nós. Fomos muito passivos. Durante os últimos cinco minutos da primeira parte conseguimos equilibrar um pouco a partida. Tentámos aumentar o ritmo de jogo no último terço do terreno. Por momentos conseguimos e foi por isso que não fiz nenhuma substituição ao intervalo, mas depois marcaram o segundo golo pouco tempo após o reatamento. Estávamos a jogar desprotegidos, com uma defesa composta por três jogadores. Eles conseguiram criar oportunidades de golo, enquanto nós não. É muito triste, porque não tínhamos uma experiência deste género desde o torneio disputado na Bélgica e na Holanda, em 2000, quando também não conseguimos passar da fase de grupos.

Estou desiludido por não termos imposto a nossa forma de jogar. Talvez esteja tudo relacionado com algum factor mental e que não sejamos uma formação capaz de assumir o jogo desde o início. Perdemos. Não é muito comum, mas tenho um sentimento amargo a propósito deste desafio. A Rússia provou ser uma boa equipa. Frente à Espanha não esteve bem, mas tem boas hipóteses de efectuar um bom torneio daqui para a frente. Efectuámos uma análise detalhada do adversário antes do jogo, por isso não nos surpreendeu a forma como se apresentaram em campo. Perdemos o jogo devido ao factor físico e porque eles jogaram melhor que nós. Agora, vamos carregar as baterias e concentrar a nossa atenção na fase de qualificação para o Mundial de 2010.