Aragonés apela a espírito positivo

O seleccionador espanhol, Luis Aragonés, não escondeu o orgulho pela conquista do primeiro lugar do Grupo D, isto depois de Daniel Güiza e Rubén de la Red terem garantido a vitória, por 2-1, frente à Grécia e o pleno na primeira fase do UEFA EURO 2008™. Aragonés afirmou que a campanha foi "tão boa" como as exibições espanholas, mas reconhece que vai ter uma tarefa bem mais difícil pela frente quando defrontar a Itália nos quartos-de-final. Por seu lado, o seleccionador grego, Otto Rehhagel, reflectiu sobre uma campanha para esquecer, mas garantiu não estar arrependido pelos jogadores que escolheu para a fase final.

Luis Aragonés, seleccionador da Espanha
Esperamos ter qualidade suficiente para vencer o jogo dos quartos-de-final, já que a exibição dos meus jogadores na segunda parte deste encontro contra a Grécia mostrou que estão em grande forma física. Na primeira parte não tivemos o ritmo necessário e jogámos à velocidade da Grécia, mas no segundo tempo voltámos a ser a mesma equipa dos dois primeiros jogos. Tivemos cinco ou seis ocasiões de golo e poderíamos ter marcado mais. Sabemos que agora vamos encontrar um grande adversário [a Itália]. Vai ser difícil, mas, provavelmente, eles pensam o mesmo.  

Vamos defrontar os campeões do Mundo, os tetracampeões do Mundo, e, por isso, talvez seja o jogo mais difícil dos quartos-de-final. Mas, nesta fase, todas as equipas são fortes e nas meias-finais ainda são mais fortes. Todas as equipas que já se tinham qualificado fizeram descansar alguns jogadores, porque o calendário do torneio começa a apertar e os atletas precisam de recuperar forças. A única coisa que precisamos agora é de atitude positiva. Temos de esquecer a Itália, ou seja que adversário for, e pensar apenas em ganhar. É só isso. O importante é ter espírito positivo e, com ele, chegaremos lá.  

Otto Rehhagel, seleccionador da Grécia
Gostava de, pelo menos, ter empatado este jogo. A equipa esforçou-se ao máximo e teve muitas oportunidades, mas quando a Espanha pressionou mais recuámos em demasia no terreno. No geral, os jogadores fizeram aquilo que lhes era pedido e proporcionámos um bom espectáculo na despedida. É verdade que a Espanha teve mais posse de bola e foi por isso que sofremos o segundo golo. Todos nós queríamos ganhar, mas, infelizmente, não conseguimos marcar o 2-1 e volto a admitir que temos algumas dificuldades na concretização.

Não estou minimamente arrependido - escolhemos a equipa que queríamos e julgo que fizemos a escolha acertada. Perdemos ante a Rússia, a equipa que venceu a Suécia esta noite, a Espanha tem jogadores extraordinários (sempre tiveram) e os suecos também são bons executantes. Não nos devemos sentir envergonhados por não termos conseguido ganhar a estes adversários. Sempre disse que iríamos ver o que sucedia, sendo que nunca prometi que vínhamos a este torneio ganhar por 3-0, 4-0 ou 6-0. Agora, temos de digerir o que aconteceu e, depois do Euro, começar a pensar no que correu mal e preparar a fase de qualificação para o Campeonato do Mundo.