Áustria sem "poder de fogo"

Andreas Herzog, director desportivo da Áustria
Nunca tínhamos estado numa situação como esta. O jogo foi algo estranho. Foi um encontro normal desde o seu início, mas o segundo tempo não foi fácil para nós nem para a Alemanha – os treinadores estavam ausentes e isso causou algum desconforto. Fizemos frente à Alemanha, mas, infelizmente, não fomos tão perigosos como gostaríamos de ter sido. Temos uma equipa muito jovem e é evidente que estão todos decepcionados no balneário. Contudo, trabalhámos muito durante os últimos dois anos e temos agora de pensar no futuro.

Hansi Frick, treinador-adjunto da Alemanha
Sabíamos que o jogo seria muito difícil. Estou muito feliz com a actuação da minha equipa. Queríamos chegar aos quartos-de-final e conseguimos isso. Demonstrámos a atitude certa do primeiro ao último minuto, lutámos muito e esse era o nosso objectivo. Queríamos demonstrar uma atitude diferente da que tivemos no jogo contra a Croácia e conseguimos isso, mesmo reconhecendo que ainda temos muitas coisas a trabalhar.

Estamos muito satisfeitos com a globalidade das atitudes, já que hoje a nossa defesa esteve bem posicionada e lidámos bem com várias situações. No ataque, temos de correr mais e ser mais rápidos – depois de termos marcado, podíamos ter chegado ao golo através de movimentos rápidos. Houve várias ocasiões em que poderíamos ter marcado em contra-ataque e precisamos de trabalhar nisso. É evidente que Portugal tem um conjunto de vários grandes jogadores e, durante os três primeiros jogos, esteve muito bem como equipa. Temos menos tempo de recuperação do que Portugal, que pôde mesmo descansar alguns dos seus jogadores [ontem, contra a Suíça], pelo que talvez estejamos em desvantagem no aspecto físico. Apesar disso, acho que a nossa atitude vai compensar isso.