Puyol enfrenta o maior desafio
sexta-feira, 20 de junho de 2008
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Admirador da mentalidade dos jogadores italianos, o defesa reconhece que a Espanha terá de estar no seu melhor para garantir a presença nas meias-finais.
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Na véspera do duelo dos quartos-de-final do UEFA EURO 2008™, o defesa espanhol Carles Puyol prestou tributo à mentalidade vencedora dos jogadores italianos e reconheceu que vai ter pela frente um dos maiores desafios da sua carreira.
Admiração total
Excluindo os Jogos Olímpicos, a Espanha nunca venceu a Itália numa grande competição, mas, depois de David Villa ter garantido um triunfo espanhol num amigável contra a "squadra azzurra" em Março e de uma campanha perfeita na fase de grupos - enquanto os italianos sentiram dificuldades para se apurarem -, o momento parece estar do lado da fúria espanhola. Grande amigo do antigo jogador do FC Barcelona e ex-internacional italiano Demetrio Albertini e admirador das qualidades de Paolo Maldini, Puyol não espera uma tarefa nada simples: "Admiro a mentalidade do futebol italiano. Qualquer jogador italiano dá sempre tudo por tudo e eu adoro isso no desporto".
Conversas com o "inimigo"
Albertini, actual vice-presidente da Federação Italiana de Futebol, jogou um ano ao lado de Puyol em Camp Nou, em 2005, sendo que o actual capitão do clube catalão revelou que tem mantido um contacto regular com Albertini desde que a Itália garantiu a presença nos quartos-de-final. "Nos últimos dias, desde que soubemos que a Itália iria estar no nosso caminho, tenho tido algumas conversas com o Albertini, um grande amigo. Tem sido uma mistura de conversas sobre futebol e brincadeiras sobre quem vai ser eliminado. Claro que vou dar tudo para estar nas meias-finais, mas, ainda assim, desejei-lhe sorte".
A lança Toni
Um dos obstáculos no caminho espanhol rumo à meia-final dá pelo nome de Luca Toni, avançado que Puyol terá, muito provavelmente, de marcar no Ernst-Happel-Stadion. O avançado do FC Bayern München ainda não marcou qualquer golo nesta fase final, depois de ter assinado cinco tentos em apenas seis jogos na qualificação. "Ainda não celebrou neste torneio, mas tem muitos golos nas 'chuteiras' esta época. A equipa procura sempre jogar para ele e temos de ter isso em atenção, não só para o impedir de rematar, mas também para evitar que outros jogadores aproveitem a segunda bola. Vai ser uma batalha muito física e ele é muito forte, pelo que teremos de estar atentos ao longo dos 90 minutos para não lhe darmos quaisquer hipóteses. A Itália é uma selecção muito forte, que não precisa de jogar bem para ganhar. Vamos ter de estar mesmo no nosso melhor para conseguirmos a vitória", garantiu Puyol.