Fé turca dá resultado
domingo, 15 de junho de 2008
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Fatih Terim referiu que a Turquia "nunca perdeu a esperança", isto após uma vitória que vai levar "muito, muito tempo" a ser esquecida pela República Checa.
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Fatih Terim, seleccionador da Turquia
Pouco importava se perdessemos por 2-0 ou 4-0, por isso tínhamos que arriscar e mesmo quando toda a gente se estava a preparar para os penalties depois de termos empatado, eu pedi à minha equipa para tentar marcar o terceiro golo. Não começámos bem esta partida porque, pura e simplesmente, não conseguimos. Os checos jogaram melhor do que nós na primeira parte. Mas, mesmo quando as coisas estavam contra nós, continuámos a tentar jogar da melhor maneira possível. Nunca perdemos a esperança e a nossa exibição na segunda parte foi muito boa. Estou muito satisfeito por ter à minha disposição um grupo de jogadores que não desistem e que continuam a lutar até ao apito final.
Mostrámos ao Mundo aquilo de que somos capazes e fomos até ao fim. O mais importante para nós foi que acreditámos em nós próprios. Temos jogadores castigados e lesionados para o encontro dos quartos-de-final, mas os seus substitutos vão estar à altura dos acontecimentos. Se tudo correr bem, no próximo jogo vamos actuar da mesma forma que fizemos na parte final deste desafio, mas desde o início. A Croácia, que vai ser o nosso adversário, é uma boa equipa que derrotou a Alemanha, mas nós também temos qualidade e estamos melhores a cada dia que passa. Vamos para Viena para disputar esse jogo e esperamos permanecer por lá até ao dia 29 de Junho.
Karel Brückner, seleccionador da República Checa
Tentámos vencer o jogo desde o início e explorar o espaço concedido. No começo, fomos bem sucedidos nesse aspecto. No entanto, na fase final da partida podíamos ter encontrado melhores soluções para controlar o jogo. Sinto que defendemos bastante bem durante a primeira parte e a nossa defensiva esteve a um bom nível. No recomeço, fomos submetidos a um período de cinco minutos de imensa pressão adversária, mas soubemos lidar com essa situação da melhor maneira e começámos a jogar de uma maneira mais positiva. O factor-chave era que estávamos com a posse da bola, o que nos permitiu marcar o segundo tento. Mas, depois disso, tivemos novas oportunidades para facturar, mas não aproveitámos nenhuma delas.
No final, fomos incapazes de defender o resultado e isso paga-se caro ao mais alto nível, como é o caso de uma competição deste género, pelo que fomos castigados por isso. Com apenas 15 minutos para jogar, perdemos o desafio. A Turquia marcou o primeiro golo, depois cometemos um erro que resultou no empate e o terceiro tento foi o descalabro. Quando se está em vantagem, é natural que a pressão da equipa contrária seja maior, mas tínhamos que estar prevenidos para isso. A questão está em não ceder à pressão e nós cedemos. Vai ser preciso muito, muito tempo para esquecer esta desilusão.