Domenech lamenta falta de sorte
terça-feira, 17 de junho de 2008
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O treinador francês disse que "tudo o que poderia correr mal, correu mal" para a sua equipa, que foi afastada eliminada depois de perder frente à Itália.
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O seleccionador francês Raymond Domenech elogiou os seus jogadores por terem lutado até ao fim, isto depois da derrota por 2-0 frente à Itália ter ditado o afastamento do UEFA EURO 2008™. Domenech sente que correu tudo mal para a sua equipa – que perdeu Franck Ribéry por lesão e Eric Abidal por expulsão aos 24 minutos - , mas o técnico realçou: "Nunca desistimos". Enquanto isso, o seleccionador da Itália, Roberto Donadoni, congratulou-se por uma "grande" vitória da sua selecção, com Andrea Pirlo, de penalty, e De Rossi, de livre directo, a fazerem o resultado final. A "squadra azzurra" terá agora pela frente nos quartos-de-final a Espanha, na sequência de uma noite dramática e emotiva para todos os envolvidos, em especial para Domenech, que propôs em casamento a sua companheira pouco depois do apito final.
Raymond Domenech, seleccionador da França
Não me sinto desiludido, mas sim desapontado. Todos sentem o mesmo que eu depois do jogo desta noite. Mas o sentimento mais forte que tenho é de orgulho. Estou orgulhoso da forma como os jogadores lidaram com as circunstâncias desta partida, onde tudo o que podia correr mal, correu mesmo mal. Quando se perde um jogador devido a lesão e depois outro por expulsão, sofrendo-se no mesmo instante um golo, não é fácil voltar ao jogo. Mas nunca desistimos. Esta equipa tem um futuro pela frente. A sua exibição foi esforçada e por vezes bonita em certos períodos. Em termos da preparação, há uma coisa que eu julgo que devia ter feito de maneira diferente. Devia ter dado mais ênfase à linha de pensamento que referi há seis meses: Este EURO é acima de tudo uma excelente oportunidade para uma equipa jovem se preparar para o próximo Mundial, daqui a dois anos. A experiência adquirida nesta prova vai ser muito útil para isso.
Roberto Donadoni, seleccionador da Itália
Não penso que este seja o meu melhor momento enquanto treinador, mas é certamente uma grande satisfação. A vitória é uma recompensa para todo o grupo de trabalho, em especial os jogadores, que trabalharam arduamente nos dois últimos anos. Passámos por alguns momentos difíceis nessa altura, mas os rapazes encontraram a força necessária para recuperar. Enquanto jogador, sempre tentei vencer os jogos em que participava através de muito suor e trabalho duro. Infelizmente, já não o posso fazer, por isso tenho que confiar neles. Os jogadores merecem esse elogio. Também tivemos alguma sorte à mistura. A lesão do Franck Ribéry tornou as coisas mais difíceis para a França e é preciso não esquecer que, no segundo golo, na sequência do livre, o remate do De Rossi sofreu um desvio num jogador gaulês. Mas não digo que tivemos sorte, porque criámos muitas oportunidades. É uma grande vitória porque enfrentámos um adversário de enorme valia. Quero dar os parabéns à França, que nunca desistiu de recuperar da desvantagem e que nos colocou dificuldades mesmo jogando só com dez elementos. As coisas vão tornar-se mais complicadas daqui para a frente. A Espanha é uma selecção muito boa e mostrou-o recentemente num amigável que disputámos, pelo que não vai ser uma adversária fácil de vencer.