Kuhn sensibilizado no adeus
domingo, 15 de junho de 2008
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No último jogo à frente da equipa, o seleccionador suíço ficou sensibilizado com a tarja desenrolada pelos jogadores onde se podia ler "Obrigado Köbi".
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Köbi Kuhn mostrou-se "sensibilizado" pela demonstração de gratidão dos seus jogadores no final do jogo, quando desenrolaram uma tarja onde se podia ler "Obrigado Köbi", isto depois da vitória sobre Portugal, por 2-0, que assinalou o adeus do treinador, de 64 anos, após sete épocas ao leme da Suíça. Apesar de a sua equipa estar agora fora de prova, o técnico ficou também satisfeito pelo facto de os jogadores terem conseguido oferecer uma boa exibição aos adeptos depois de duas derrotas nos dois primeiros jogos. A disposição de Kuhn contrastou com a do seleccionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, que disse ter "cometido um erro" ao não substituir os 11 jogadores em vez de apenas oito. Fernando Meira, Paulo Ferreira e Jorge Ribeiro viram cartões amarelos e Scolari mostrou-se preocupado com o impacto que tal possa ter na fase de eliminatórias.
Köbi Kuhn, seleccionador da Suíça
Claro que fiquei extremamente feliz [com a vitória], mas também há alguma nostalgia porque nos dois primeiros jogos merecíamos, pelo menos, um ponto e agora parece que podíamos ter garantido a qualificação para os quartos-de-final. Estamos de fora, mas a equipa conseguiu dar uma prenda aos adeptos, que sempre acreditaram em nós. Jogámos muito bem e penso que a selecção vai permanecer nos seus corações. Desconhecia por completo a tarja e fiquei sensibilizado por receber esta demonstração de gratidão. Durante o meu tempo no comando passamos por alguns momentos difíceis, mas foram tempos maravilhosos. O legado que Ottmar Hitzfeld [novo treinador] vai receber impõe algum respeito. Temos uma equipa muito jovem, mas também alguns jogadores experientes. Há margem de evolução e quando os atletas tiverem maior experiência jogarão ainda melhor. Desejo tudo de bom a Hitzfeld. Agora serei apenas um adepto da selecção suíça e apenas espero receber dos jogadores a mesma prenda que os adeptos receberam esta noite.
Luiz Felipe Scolari, seleccionador de Portugal
Estava a fazer um cálculo [em relação às mudanças] e queria ver quem havia jogado mais esta época e quem tinha estado lesionado. Estava a tentar ajudar os jogadores. Jogaram de acordo com o que eu esperava e tiveram algumas oportunidades, mas não conseguimos fazer os golos que desejávamos. Mais tarde veremos as consequências. Deveria ter trocado os 11 jogadores em vez de oito. Corremos demasiados riscos ao colocar três ou quatro jogadores que disputaram os desafios anteriores. Na próxima fase continuam os cartões amarelos e só na meia-final é que são retirados. Por isso, corremos riscos e não queria que isso acontecesse. Disse aos meus jogadores para não se queixarem e não cometerem erros, porque seriam acautelados. Cometi um erro porque deveria ter substituído os onze jogadores. Não mudei a táctica. Tivemos um ponta-de-lança [Hélder Postiga], que jogou mais ou menos como o Nuno Gomes. O que não tive foi um médio como Deco. Mas, mesmo tendo feito estas mudanças, jogámos razoavelmente bem e criámos algumas oportunidades, embora não tenhamos sido bem sucedidos. Poderíamos ter mudado para um 4-4-2, mas decidimos manter-nos fiel à base.