Duelo de titãs em Viena
sábado, 21 de junho de 2008
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Roberto Donadoni pediu aos jogadores italianos para se divertirem, enquanto Luis Aragonés confia que a Espanha se vai apurar para as meias-finais.
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O seleccionador italiano, Roberto Donadoni, reconhece que a equipa transalpina vai ter de ter muita atenção ao ritmo atacante espanhol no último jogo dos quartos-de-final do UEFA EURO 2008™. O duelo está agendado para este domingo, em Viena, mas o treinador da "squadra azzurra" quer que os seus jogadores se divirtam no grande palco.
Sem derrotas há 88 anos
Depois de já terem sofrido quatro golos no torneio até agora, os italianos têm agora de se concentrar na temível dupla de ataque espanhola formada por David Villa e Fernando Torres, que marcou cinco golos na perfeita campanha no Grupo D. Apesar de reconhecer o valor da selecção espanhola, que venceu um amigável entre estas duas equipas em Março, Donadoni está confiante que a Itália pode dar seguimento ao triunfo sobre a França, na última jornada do Grupo C, e manter uma caminhada sem derrotas em encontros oficiais contra os espanhóis que já dura há 88 anos.
Apelo ao divertimento
"Jogámos recentemente contra a Espanha e sabemos que têm uma grande equipa", reconheceu Donadoni. "Não têm conseguido bons resultados em grandes torneios, mas isso pode ser uma vantagem para eles, já que funciona como motivação. Aprendemos muito com o jogo de Março, mas não faz sentido comparar um jogo amigável com os quartos-de-final do UEFA EURO 2008™. Nós também temos o nosso valor e os rapazes devem divertir-se em campo, porque para que haja divertimento é preciso jogar bem. Se fizerem isso, podem conseguir tudo".
Duas dúvidas
Apesar de Donadoni garantir que a Itália não vai mudar a sua forma de jogar, o treinador, de 44 anos, tem um grande problema entre mãos: como substituir Andrea Pirlo e Gennaro Gattuso. Os dois médios, ambos do AC Milan, estiveram em grande nível frentre à França, mas vão cumprir castigo, devendo Massimo Ambrosini entrar para o lugar de Gattuso e Alberto Aquilani aproveitar a vaga de Pirlo. Donadoni só vai tomar a última decisão na manhã do jogo, uma vez que a única preocupação com lesões diz respeito ao defesa Andrea Barzagli, que já disse adeus à prova.
Recorde perfeito
O seleccionador espanhol, Luis Aragonés, também admitiu ter algumas dúvidas quanto ao "onze" a apresentar, mas por motivos diferentes. Enquanto a Itália perdeu o primeiro jogo e empatou o segundo, os espanhóis têm uma percurso perfeito até agora na competição, sendo que nos dois primeiros jogos apresentaram exactamente a mesma equipa inicial - vitórias sobre a Rússia (4-1) e sobre a Suécia (2-1). O técnico mudou por completo a face da equipa para o encontro ante a Grécia, onde conseguiu nova vitória (2-1). Na véspera do duelo com a Itália, Aragonés admitiu que ainda não decidiu qual a equipa a apresentar, apesar de ter a certeza que vai vencer.
Confiança total
"Estou convencido que vamos ganhar", disse Aragonés, enquanto a Espanha procura esquecer as seis derrotas sofridas em quartos-de-final de Campeonatos da Europa. "Não tenho qualquer dúvida que estes jogadores vão dar 110 por cento. Temos de pensar positivo e esta equipa tem feito isso mesmo. O meu copo está meio cheio e, cá no fundo, tenho a certeza que vamos ganhar", insistiu o treinador, que escolheu Fabio Grosso e Luca Toni como os jogadores adversários a ter em atenção. Uma das boas notícias para a Espanha é o regresso de Carles Puyol, após debelar uma lesão num pé, pelo que Aragonés espera conduzir a Espanha à conquista do troféu Henri Delaunay pela primeira vez desde 1964. "Acredito que esta equipa pode acabar com os nossos problemas de uma vez por todas", concluiu.