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Prontos para chegar ao topo

Tão perto de atingir o topo da montanha, os russo estão determinados em dar o passo que falta, pelo menos de acordo com o guardião Igor Akinfeev.

Igor Akinfeev festeja a vitória sobre a Holanda nos quartos-de-final
Igor Akinfeev festeja a vitória sobre a Holanda nos quartos-de-final ©Getty Images

Perto de atingir o topo da montanha, a Rússia está determinada em dar o passo que falta para atingir o cume e chegar à final. Quem o garante é o guarda-redes Igor Akinfeev na antevisão do encontro das meias-finais contra a Espanha. A metáfora não podia ser mais apropriada para um torneio disputado na região dos Alpes e onde a Rússia tem vindo sempre a subir desde a derrota no jogo inaugural, precisamente frente à selecção comandada por Luis Aragonés.

"Queremos mais"
Tudo parecia indicar que a Rússia iria regressar cedo a casa, depois da goleada por 4-1 sofrida em Innsbruck diante dos espanhóis. Mas, duas semanas depois e após vitórias consecutivas sobre Grécia, Suécia e Holanda (após prolongamento), os russos continuam bem vivos e cheios de confiança para o novo embate com a Espanha. "Três dos golos que sofremos no primeiro jogo surgiram na sequência de erros que nós cometemos", lembrou Akinfeev. "Concedemos demasiado espaço a atacantes com a classe de Fernando Torres e David Villa. Toda a gente sabe que se eles tiverem essa liberdade não vão ter dificuldades em criar perigo, mas a verdade é que desde então recompusemo-nos. E não vamos ficar por aqui. Queremos mais!".

Força psicológica
"Sinceramente não acreditava que fôssemos capazes de seguir e vencer três jogos, especialmente depois do que sentimos após o primeiro jogo. Os nossos pensamentos eram catastróficos. Perdemos o primeiro jogo por 4-1, o que podemos fazer? A força psicológica é determinante numa altura como essa. Uma equipa pode ficar totalmente de rastos, como aconteceu com a Grécia depois de perder o primeiro jogo. Eles acabaram por não saber reagir e saíram do torneio sem alcançar nada, enquanto nós nos unimos, reagimos e conseguimos seguir em frente".

"Futebol bonito"
Akinfeev ficou satisfeito com a vitória da Espanha sobre a Itália nos quartos-de-final, proporcionando assim o reencontro entre espanhóis e russos, depois do embate no jogo inaugural do Grupo D. "A Itália não me impressionou nem com as suas exibições, nem com os seus resultados. É uma equipa que prefere ficar na defesa e apenas apostar no ataque pela certa. Não têm o mesmo futebol bonito que a Espanha tem. Para mim é mais interessante defrontar a Espanha. É uma selecção com jogadores de classe para todas as posições. É uma equipa que vale a pena admirar e tentar aprender qualquer coisa com ela, porque joga, de facto, muito bem".

"Atingir o topo"
A Rússia conseguiu bater a Holanda no prolongamento, enquanto a Espanha se viu forçada a ir até ao desempate por penalties para levar de vencida a "squadra azzurra". A selecção russa nunca disputou um desempate por pontapés da marca de grande penalidade numa grande competição e Akinfeev espera que tal não aconteça ainda frente à Espanha. "Não devemos ter medo de nada", alertou. "Estamos quase no topo da montanha, mas falta darmos o último passo para atingir o cume. Nem a Espanha nem nós desejamos os penalties. Não é bom para os nervos e faz crescer cabelos brancos na cabeça".

Guarda-redes diferentes
O guarda-redes da Espanha, Iker Casillas, foi o herói da sua selecção frente à Itália, mas embora possam ser encontradas algumas semelhanças entre o guardião do Real Madrid CF e o Nº1 da selecção russa e do PFC CSKA Moskva, Akinfeev prefere reduzir estas comparações ao mínimo. "Somos dois guarda-redes diferentes", garantiu. "Talvez alguns pontos das nossas carreiras possam parecer semelhantes, dado que ambos começámos a jogar ao mais alto nível ainda muito jovens, mas ele é espanhol e eu sou russo. Eu sou o Akinfeev, ele é o Casillas. Não há qualquer duelo particular. Quem sofrer menos golos chegará à final".E apesar de estar tão perto de lá chegar, Akinfeev recusa começar desde já a pensar na noite do dia 29 de Junho. "Estou a tentar não pensar nisso. Claro que queremos sempre mais, mas temos de provar a nossa qualidade no relvado. Se jogarmos bem, certamente vamos aproveitar esta oportunidade, porque muitas vezes oportunidades como esta só surgem uma vez na vida".