Hitzlsperger dá a receita

Thomas Hitzlsperger prepara-se para o "mais importante jogo" da sua carreira, domingo em Viena, e garante que, com ou sem Michael Ballack, a estratégia da Alemanha passa por não dar espaço à Espanha.

Primeira final
"Sinto-me muito bem com isto", disse o médio do VfB Stuttgart à medida que saboreia a atmosfera em torno da final do UEFA EURO 2008™. "Estamos totalmente concentrados e sabemos a importância do momento, apesar de muitos de nós estarem pela primeira vez numa final". É o caso de Hitzlsperger, um dos jovens chamados por Joachim Löw à selecção germânica, apesar de ter assumido um papel fundamental na vitória do Estugarda na Bundesliga de 2006/07. O sucesso já não é uma novidade para o médio: "Já mostrámos que somos fortes. O jogo com a Croácia não foi muito bom, mas, depois disso, continuámos no bom caminho sempre concentrados no objectivo de chegar à final".

Corrigir erros
Hitzlsperger não alinhou na derrota, por 2-1, frente aos croatas, tendo entrado em campo, aos 60 minutos, no jogo contra a Áustria, que confirmou a presença germânica nos quartos-de-final e que lhe valeu, depois, um lugar no onze de Joachim Löw. A Alemanha conseguiu uma vitória sofrida, por 3-2, contra Portugal nos quartos-de-final, seguindo-se um emocionante duelo com a Turquia (3-2) decidido com um golo de Phillip Lahm no último minuto. "Ainda temos de melhorar muitas coisas em relação ao jogo com a Turquia. Devemos, por exemplo, pressionar os nossos adversários mais cedo", disse Hitzlsperger. "Quando eles [Espanha] têm a bola, obrigam o adversário a correr e isso é muito cansativo. Temos de evitar que isso aconteça. Temos de os pressionar desde o primeiro minuto e, se conseguirmos isso, temos boas hipóteses de vencer".

Ballack de fora?
"Temos falado muito da Espanha. Subiram muito de produção e são a melhor equipa da fase final", admitiu o médio, de 26 anos. "Nós tivemos dificuldades, enquanto os espanhóis não passaram por isso, mas esperamos colocar-lhes problemas em campo que eles não consigam resolver nos 90 minutos". A Espanha não conta com o lesionado David Villa, muito embora Hitzlsperger refira que a selecção de Luis Aragonés é "tão boa que resolve isso facilmente". A reacção de Hitzlsperger foi bem diferente quando confrontado com a possibilidade de Michael Ballack não recuperar a tempo da final: "É um jogador tão importante. As suas maiores forças são o facto de marcar muitos golos e a sua liderança no relvado, o que ajuda, e muito, os jogadores mais novos - é disso que precisamos amanhã".