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Casillas comanda sonho espanhol

O capitão da Espanha sente-se responsável por "44 milhões de pessoas", quando se prepara para algo inédito na carreira: jogar a final de um Europeu.

Iker Casillas festeja durante o desafio da meia-final
Iker Casillas festeja durante o desafio da meia-final ©Getty Images

"Nervoso"
O guarda-redes do Real Madrid CF tem coleccionado uma série de títulos e troféus desde que foi campeão da Europa na categoria Sub-15, em 1995, incluindo duas UEFA Champions League, no entanto, refere que vai viver uma experiência inédita quando capitanear a "furia roja" frente à Alemanha, na final do UEFA EURO 2008™. "É um jogo muito diferente", disse. "Atingir uma final da Champions League com o Real Madrid não se compara com a esta final. Muitos de nós estão habituados a defrontar outros grandes clubes europeus, mas este torneio só se disputa de quatro em quatro anos. É muito difícil chegar à final e isso dá-nos uma motivação acrescida, mas também faz com que estejamos mais nervosos. Falo por mim: estou bastante entusiasmado para que chegue o momento de entrar em campo. Mas também me sinto responsável pelos meus companheiros de equipa e por 44 milhões de pessoas".

"Estatística terrível"
Essa é uma tarefa considerável para um homem que, é preciso não esquecer, tem apenas 27 anos. Vai ser o primeiro guarda-redes a capitanear uma selecção até à vitória final num Campeonato da Europa, caso a Espanha vença no Ernst-Happel-Stadion e admite que esse pensamento já lhe passou pela cabeça. "Toda a gente tem os seus sonhos e sem pagar mais por isso, mas o mais importante é que, quando chega a altura decisiva, devemos estar conscientes de que só uma equipa pode ganhar e apenas um homem pode levantar o troféu", disse. "Espero que a Espanha seja essa equipa. Temos a oportunidade de contrariar uma estatística terrível que pesa sobre nós. Não ganhamos um título de selecções seniores há muito tempo. Estivemos muito perto há 24 anos, mas não conseguimos".

"Quebrar a maldição"
Em 1984, um erro do guardião espanhol Luis Arconada foi crucial para Michel Platini colocar a França em vantagem, antes de Bruno Bellone, no último minuto, colocar um ponto final nas aspirações da Espanha em vencer o seu primeiro título desde 1964. No entanto, Casillas está confiante de que a história não se vai repetir. "Existem coisas boas e outras más quando se chega a uma final: se perdemos o jogo, tudo o que foi feito até então foi em vão, mas se vencermos, então, todos os esforços valeram a pena", disse. "Os jogadores espanhóis percorreram um longo caminho e podemos quebrar esta maldição, já que estamos a um pequeno passo de conquistar o troféu. Temos tudo o que é preciso para efectuar uma grande exibição". Depois de ter dado uma ajuda preciosa à sua selecção no desafio dos quartos-de-final, que em torneios anteriores tinha perdido três eliminatórias através da marcação de grandes penalidades, com a curiosidade de todas terem ocorrido no dia 22 de Junho, o resultado permitiu também a primeira vitória numa partida oficial frente à Itália, algo que não acontecia há 88 anos. Por isso, Casillas, mais do que ninguém, parece ser o homem ideal para afastar todas as maldições da história do futebol espanhol de selecções.