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Espanha pronta para italianos

O derradeiro embate dos quartos-de-final do UEFA EURO 2008™ vai colocar frente-a-frente Espanha e Itália, ambas em busca do seu segundo título de campeã da Europa.

O Ernst-Happel-Stadion, em Viena
O Ernst-Happel-Stadion, em Viena ©Getty Images

O derradeiro embate dos quartos-de-final do UEFA EURO 2008™ vai colocar frente-a-frente Espanha e Itália, duas selecções que já conquistaram o título europeu numa ocasião. Para a Espanha é a oportunidade de chegar às meias-finais pela primeira vez desde 1984, enquanto a Itália procura atingir a sua segunda meia-final em três edições.

• A Espanha estreou-se no UEFA EURO 2008™ determinada em fazer esquecer as desilusões sofridas nos últimos tempos, marcando quatro golos à Rússia, em Innsbruck, com David Villa a destacar-se com três (20, 44 e 75 minutos), tornando-se no primeiro jogador a apontar um "hat-trick" numa fase final de um campeonato da Europa desde o Europeu de 2000. O ponta-de-lança do Valencia CF serviu ainda Cesc Fàbregas (91) para o quarto golo espanhol, depois de Roman Pavlyuchenko (86) ter reduzido para os russos.

• Villa voltou a dar nas vistas quatro dias depois, apontando aos 92 minutos o golo da vitória por 2-1 sobre a Suécia no Stadion Tivoli Neu, garantindo assim desde logo o apuramento da selecção espanhola para os quartos-de-final, na qualidade de vencedora do Grupo D. Fernando Torres (aos 15 minutos) tinha colocado a Espanha na frente, mas ainda antes do intervalo, Zlatan Ibrahimović havia já restabelecido a igualdade.

• A Espanha conseguiu o pleno de vitórias na fase de grupos, ao bater a Grécia por 2-1 no terceiro jogo, com novo golo perto do final do encontro, desta vez da autoria de Daniel Güiza, a dois minutos do final do tempo regulamentar. A selecção comandada por Luis Aragonés viu-se em desvantagem aos 42 minutos, devido a um golo de Angelos Charisteas, mas Rubén de la Red, aos 61, deu início à reviravolta no marcador.

• Embora a Espanha parta plena de confiança para os quartos-de-final, depois de vencer os três jogos da fase de grupos, os mais supersticiosos poderão não gostar de saber que desde que a França se sagrou campeã, em 1984, nenhuma outra selecção conseguiu erguer o troféu Henri Delaunay depois de alcançar um registo 100 por cento vitorioso na primeira fase.

• A estreia da Itália na prova foi consideravelmente menos positiva. A selecção orientada por Roberto Donadoni perdeu por 3-0 com a Holanda no seu primeiro jogo, em Berna. A "squadra azzurra" foi, depois, algo feliz em sair do encontro frente à Roménia com um empate a uma bola - graças a uma espectacular intervenção de Gianluigi Buffon, que defendeu uma grande penalidade cobrada por Adrian Mutu aos 81 minutos, que poderia ter ditado a eliminação dos campeões do Mundo. Mutu colocara a Roménia na frente aos 55 minutos, mas Christian Panucci restabeleceu a igualdade no minuto seguinte.

• A Itália entrou, assim, para o último jogo no Grupo C a precisar de vencer a França e de uma escorregadela da Roménia frente à Holanda. Conseguiu o resultado de que precisava, batendo a França por 2-0, com golos de Andrea Pirlo (aos 25 minutos, na conversão de uma grande penalidade) e de Daniele De Rossi (62) e garantiu o segundo lugar final no grupo, atrás dos holandeses.

• O registo dos confrontos entre as suas selecções pauta-se pelo equilíbrio. No total, nos 29 jogos entre elas disputados, o primeiro dos quais em Setembro de 1920, a Espanha soma nove vitórias, a Itália dez e registaram-se outros tantos empates.

• Nestes números estão contabilizados quatro encontros de torneios dos Jogos Olímpicos. Sem contabilizar estes jogos, a Espanha lidera 9-7 em vitórias, tendo-se verificado nove empates.

• As duas selecções defrontaram-se por duas vezes em fases finais de Campeonatos da Europa. Depois de um empate a zero na fase de grupos, em Milão, em 1980, voltaram a encontrar-se em Frankfurt, também na fase de grupos, oito anos depois. O actual seleccionador italiano, Donadoni, participou nesse jogo, que terminou com a vitória dos italianos, fruto de um golo solitário de Gianluca Vialli a 12 minutos do apito final.

• A Espanha tem levado a melhor nos últimos embates entre os dois países, sempre em partidas de carácter amigável, somando duas vitórias e dois empates. O mais recente encontro entre as duas equipas ocorreu em Elche, em Março deste ano, e foi resolvido com um espectacular golo de Villa. O avançado marcou a 12 minutos do fim e deu aos espanhóis um triunfo por 1-0.

• Nessa noite, as duas selecções alinharam da seguinte forma:
 Espanha: Iker Casillas, Sergio Ramos (Álvaro Arbeloa), Carles Puyol (Raúl Albiol), Carlos Marchena, Joan Capdevilla, Marcos Senna (Xabi Alonso), Andrés Iniesta, Xavi Hernández, Cesc Fàbregas (Luis Garcia), David Silva (Alberto Riera), Fernando Torres (David Villa).
 Itália: Gianluigi Buffon, Christian Panucci (Gianluca Zambrotta), Fabio Cannavaro, Marco Materazzi (Andrea Barzagli), Fabio Grosso, Andrea Pirlo (Gennaro Gattuso), Daniele De Rossi, Mauro Camoranesi, Simone Perrotta (Alberto Aquilani), Antonio Di Natale (Vincenzo Iaquinta), Luca Toni (Marco Borriello).

• O último jogo entre as duas selecções numa grande competição foi disputado em Boston, nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1994, tendo terminado com vitória italiana, por 2-1. Donadoni fazia parte da equipa, que viu os dois Baggios, Dino e Roberto, marcarem os tentos da "squadra azzurra", com José Luis Caminero a marcar, pelo meio, para a Espanha.

• Gianluca Zambrotta, que recentemente acordou a transferência para o AC Milan, passou as duas últimas temporadas em Espanha com a camisola do FC Barcelona, onde teve como colegas Carles Puyol, Xavi Hernández e Andrés Iniesta.

• Antonio Cassano representou o Real Madrid CF entre 2005/06 e 2007/08 e foi companheiro de equipa Iker Casillas, Sergio Ramos e Rubén de la Red. Panucci também já vestiu a camisola do clube madrileno, entre 1996/97 e 1998/99.

• O terceiro guarda-redes da Itália, Morgan De Sanctis, transferiu-se da Udinese Calcio para o Sevilla FC no último Verão. No Ramón Sánchez Pizjuán é o habitual suplente de Andrés Palop, o terceiro guarda-redes da Espanha.

• A Itália venceu o Campeonato do Mundo de 2006 no desempate por pontapés da marca de grande penalidade, mas o seu registo neste tipo de desempates não é o melhor, tendo a sua outra única vitória nestas circunstâncias ocorrido nas meias-finais do UEFA EURO 2000™, frente à Holanda. Antes, os italianos haviam perdido nos penalties com a Argentina (meias-finais do Campeonato do Mundo de 1990), Brasil (final do Campeonato do Mundo de 1994) e França (quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1998).

• A Espanha já esteve anteriormente envolvida em quatro desempates por grandes penalidades. Perdeu com a Bélgica nos quartos-de-final do Campeonato do Mundo de 1986 e com a Inglaterra na mesma fase do EURO ’96™, mas venceu a República da Irlanda nos oitavos-de-final do Campeonato do Mundo de 2002. No entanto, perdeu 5-3 nos penalties frente à Coreia do Sul, nos quartos-de-final, após empate sem golos no final.

• A Espanha está a disputar o seu quarto Campeonato da Europa consecutivo. Finalista vencida em 1984, conquistou a prova em 1964 quando, a jogar em casa, bateu a URSS por 2-1, em Madrid.

• A Espanha atingiu os quartos-de-final dos Campeonatos da Europa de 1960, 1964, 1968 e 1976, o mesmo acontecendo nas fases finais do EURO '96™ e do UEFA EURO 2000™.

• O melhor desempenho da Itália num Campeonato da Europa ocorreu em 1968, quando bateu a Jugoslávia por 2-1, na final disputada em Roma, erguendo assim o troféu Henri Delaunay. Foi finalista vencida em 2000 e semifinalista em 1988, com Donadoni na equipa.

• A Itália chegou aos quartos-de-final em 1972, mas desde o UEFA EURO 2000™ que não atingia esta fase.

• Quem vencer este embate vai ter pela frente, nas meias-finais, no Ernst-Happel-Stadion, em Viena, a 26 de Junho, o vencedor do encontro dos quartos-de-final entre a Holanda (primeira classificada do Grupo C) e a Rússia (segunda classificada do Grupo D).

• O vencedor desse jogo terá o estatuto de equipa visitante na final, marcada para o dia 29 de Junho, em Viena.

• No Campeonato da Europa não há encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares.