Confiança em Hodgson

A Finlândia confia na capacidade de Roy Hodgson em montar robustas estruturas defensivas para garantir o apuramento para a fase final da UEFA EURO 2008™. Mas, primeiro, os nórdicos têm pela frente um árduo teste em Bruxelas, frente à Bélgica.

Milagreiro
Segunda classificada do Grupo A, atrás da Polónia, mas com Portugal e a Sérvia a uma curta distância, a Finlândia necessita de vencer para manter-se à frente dos perseguidores e cimentar a candidatura a um lugar numa grande fase final pela primeira vez na história do país. Se Hodgson já conquistou a reputação de milagreiro ao qualificar a Suíça para a fase final do Mundial de 1994 e para o EURO ‘96™, apurar a Finlândia para o EURO 2008™ seria uma proeza ainda maior.

Desfechos distintos
A sua reputação em Inglaterra pode ter ficado manchada pela decepcionante passagem pelo Blackburn Rovers FC em 1997 e 1998, mas, na Finlândia, mostrou particular capacidade para construir equipas bastante eficazes. Os dados falam por si: em 11 jogos do Grupo A de qualificação, os finlandeses sofreram apenas seis golos.

Rigor defensivo
“Nesta fase de qualificação temos defendido, talvez, melhor do que nunca”, afirmou o experiente defesa do Liverpool FC, Sami Hyypiä. “E não falo apenas dos defesas, mas, também, do resto da equipa. Defendemos como um conjunto e atacamos como tal. Os jogadores-chave actuam juntos há anos. É fácil jogar com futebolistas que conhecemos profundamente. Não é preciso gritar muito em campo”.

Niemi de regresso
Esta solidez defensiva e os benefícios de um grupo experiente têm estado em particular evidência, pese embora o guarda-redes do Fulham FC, Antti Niemi – de regresso à equipa após ter abandonado a selecção em 2006, na sequência da nomeação de Hodgson como seleccionador – também acredite que o técnico inglês trouxe elementos decisivos para a melhoria do jogo dos finlandeses.

Instruções claras
“O meu primeiro treino com Hodgson aconteceu na terça-feira e foi bastante bom. Ele foi claro a explicar o que queria de nós e os outros jogadores parecem ter aprendido muito bem estas instruções ao longo dos últimos dois anos. Ajuda bastante quando as coisas são ditas de forma bastante clara e com autoridade”, indicou Niemi, que conta 35 anos e 66 internacionalizações pela Finlândia.

Sem necessidade de mudar
O único factor menos positivo relativamente à equipa de Hodgson é o registo goleador – a média é de precisamente um golo por jogo. Apesar de ser necessária uma vitória na Bélgica, Hyypiä não vê necessidade de mudar de fórmula. “Criámos oportunidades de golo em cada jogo, excepto na Sérvia, em Belgrado. A defesa é determinante. Teremos oportunidades no sábado. Apenas temos de aproveitá-las”.