Polónia desce à Terra

As esperanças de qualificação polaca para a primeira fase final de um Campeonato da Europa sofreram um rude golpe, após a derrota, por 1-0, na Arménia.

Semana inesquecível
Os líderes do Grupo A, do qual também faz parte Portugal, procuravam a sétima vitória consecutiva. Contudo, exibiram-se longe do seu melhor nível frente à equipa dirigida por Ian Porterfield e não encontraram resposta para o tento de Hamlet Mkhitaryan, na segunda parte, na transformação de um livre directo. Para a Arménia e os seus ruidosos adeptos, esta foi a melhor conclusão possível para uma semana memorável, após a sua primeira vitória no grupo, no sábado, por 2-1, no Cazaquistão.

Oportunidades perdidas
Após um início algo lento no Estádio Republican, o encontro ganhou outro ritmo com uma série de oportunidades de golo a meio da primeira parte. Após o arménio Robert Arzumanyan ter cabeceado perto do poste mais distante na sequência de um canto, a Polónia respondeu e Marek Saganowski foi o primeiro a obrigar Gevorg Kasparov a intervir, com o guardião a defender bem o remate do antigo avançado do Vitória de Guimarães, na sequência de um cruzamento rasteiro. Instantes depois, Kasparov sacudiu por cima da trave um livre directo de Jacek Krzynówek e, à meia-hora, a pressão polaca quase se traduzia em golo. Wojciech Łobodziński rematou para uma defesa de Kasparov, que não conseguiu agarrar a bola. Na recarga, Saganowski rematou ao lado, com a baliza entretanto desguarnecida.

Remates de Mkhitaryan
Apesar de, aos 57 minutos, Łobodziński ter rematado ao lado, a equipa de Leo Beenhakker não controlou o encontro como se esperava e viria a sofrer o único golo da partida quando estavam decorridos 66 minutos. Na sequência de uma falta de Jacek Bak sobre Aram Hakobyan a cerca de 20 metros da baliza, Mkhitaryan rematou de livre directo por cima da barreira polaca, fora do alcance de Artur Boruc, que se esticara todo para o seu lado direito.

Muito a ponderar
Os substitutos Jakub Błaszczykowski e Maciej Żurawski viram as suas tentativas frustradas pelo guardião Kasparov, mas a derrota poderia ter sido ainda mais embaraçosa não tivesse Arman Karamyan desperdiçado uma ocasião clara já em período de descontos. Em vez de chegar ao Verão com uma vantagem de oito pontos sobre a concorrência, esta derrota deixa os polacos bastante vulneráveis, uma vez que os mais directos perseguidores – Portugal e Sérvia – têm dois jogos em atraso e a Polónia ainda terá de visitar os dois quando a fase de qualificação for retomada.