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Alegria e desespero

Depois da dramática vitória portuguesa sobre a congénere de Inglaterra, foi sem surpresa que a imprensa portuguesa e inglesa procuraram adjectivos para descrever a alegria... e o desespero.

Depois de terem sofrido a bom sofrer, os corações de milhões de portugueses continuam de boa saúde depois da dramática vitória sobre a Inglaterra, no primeiro jogo dos quartos-de-final do UEFA EURO 2004™, disputado na passada quinta-feira, no Estádio da Luz. No rescaldo do empate a 2-2 no tempo regulamentar e a vitória nos penalties, foi sem surpresa que a imprensa portuguesa e inglesa procuraram adjectivos para descrever a alegria... e o desespero.

Portugal 2-2 Inglaterra (Portugal venceu 6-5 nas grandes penalidades)

Talvez a mais importante vitória da história do futebol português. Pode parecer um exagero a quem nos está a ler e se recordará, certamente, de outros feitos, mas, esta, não é apenas a vitória sobre a Inglaterra, a vitória que nos dá a qualificação para as meias-finais, a vitória de um povo inteiro amante da sua Selecção, mas a vitória de um país inteiro sobre séculos de fatalismo. Aquele golo imerecido, logo aos 3 minutos e, depois, aquele empate demolidor, a escassos minutos do final do prolongamento, quando já tínhamos cometido a proeza de virar o resultado, perante uma Inglaterra – e isso também foi histórico – desavergonhadamente defensiva. Depois, a vantagem anulada nos penalties e um final épico, com Ricardo a defender e Ricardo a marcar, assim legitimamente tornado num dos heróis da gloriosa jornada. Aquela capacidade de vencermos o azar, de ganharmos ao nosso destino, de ultrapassarmos a injustiça dos pobrezinhos e de nos fazermos grandes por nós próprios, pelo nosso mérito e pela nossa convicção. E, por isso, esta foi a nossa vitória histórica. (A Bola)

Vencer nos penáltis foi um mal menor, com sabor a pouco, atendendo ao banho de bola que a equipa portuguesa deu aos ingleses, mas pelo menos serviu para Portugal recuperar Ricardo, que no mata-mata dos 11 metros defendeu o remate de Vassell e a seguir marcou a James. Frente a um adversário que ficou 80 minutos no coqueiro a defender um golo e sorte, Scolari arriscou no tudo ou nada, os jogadores fizeram das tripas coração e estão prontos para o que der e vier. (O Jogo)

São 40 anos a viver com este pesadelo. O instrumento de tortura foi o do costume, as grandes penalidades, que pela quarta vez afastaram a Inglaterra das grandes competições de selecção. A Inglaterra entrou neste torneio e na partida de ontem, com a crença de que seria desta que conquistaria um grande troféu, algo que não acontece desde 1966, mas, infelizmente, voltam para casa na tarde de sexta-feira, a pensar nas razões da derrota. (The Times)

A maldição dos penalties voltou a atacar a Inglaterra na noite de quinta-feira. Foi a marca dos onze metros que, mais uma vez nos derrotou, num dos mais excitantes e memoráveis jogos da história dos Campeonatos da Europa. A Inglaterra vai lembrar-se com tristeza desta derrota, que junta Lisboa (2004) a Turim (em 1990), Wembley (em 1996) e St-Etienne (em 1998), como as datas das eliminações por grandes penalidades. O pontapé da vitória foi obra do guarda-redes Ricardo. A Inglaterra voltou a desiludir no desempate por grandes penalidades. (Daily Telegraph)

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