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O país com a selecção

O seleccionador Luiz Felipe Scolari elogiou o apoio "fantástico" dos adeptos e, agora, quer cumprir a promessa que fez: levar Portugal às meias-finais.

Portugal inteiro unido no apoio à selecção. Foi essa a principal imagem que Luiz Felipe Scolari quis fazer passar na conferência de Imprensa que se seguiu à vitória da selecção anfitriã do UEFA EURO 2004™ sobre a vizinha e rival Espanha.

”Quero cumprir a promessa e chegar às meias-finais”
“Queria deixar o nosso maior agradecimento ao povo português, que está com a sua selecção desde o início. Hoje não foram apenas o 12º, mas, também, o 13º e o 14º jogadores. Foram inexcedíveis, estes que vieram a Alvalade, mas, também, os que estiveram em Alcochete a apoiar-nos quando viemos para aqui. Pelo caminho, toda a gente nos saudou e isso deu uma motivação suplementar aos jogadores”, começou por dizer o seleccionador de Portugal, deixando, em seguida, uma mensagem aos adeptos. “No entanto, isto ainda não acabou aqui. Quero cumprir a promessa que fiz, que é de chegar às meias-finais, mas preciso do vosso apoio”, indicou Scolari.

"Ganhar, nem que fosse por meio-golo"
Sobre a partida propriamente dita, o seleccionador de Portugal disse que “foi um grande jogo, sem grandes erros e em que as condições eram iguais para as duas equipas. Este triunfo não foi uma resposta a nenhum crítico, mas, sim, ao público em geral, pelo apoio que nos tem dado”. Sobre a atitude aplicada no encontro, “este jogo era o mais importante de todos. Queria ganhar, nem que fosse por meio-golo. Fisicamente, a equipa esteve muito bem, mas há alguns detalhes a nível técnico que é preciso aperfeiçoar. Ao intervalo, disse aos jogadores que estava a gostar da exibição, mas só troquei o Pauleta pelo Nuno Gomes porque necessitava de maior mobilidade junto à área. Aviso já que vou mudar a equipa para o próximo jogo”, afirmou Luiz Felipe Scolari, talvez sabendo de antemão que Pauleta não poderá jogar devido a suspensão, depois de ter visto o segundo cartão amarelo em três jogos.

"Jogo com Rússia foi momento-chave"
Questionado sobre qual havia sido o momento-chave na qualificação para os quartos-de-final, o seleccionador de Portugal, respondeu que se tratou do jogo com a Rússia. “O segundo jogo foi o momento-chave. Tudo o que se passou de errado no primeiro encontro e o que foi necessário mudar para o segundo encontro. E o envolvimento dos portugueses foi fantástico. Estivemos mal com a Grécia e nem assim deixaram de motivar. Depois do jogo da Rússia, então, foi fantástico.”

Um abraço especial à Croácia
Luiz Felipe Scolari foi confrontado com o facto de, tal como no Mundial 2002, quando conduziu o Brasil ao título, ter começado o UEFA EURO 2004™ debaixo de fortes críticas. “Felipão” foi prágmático no comentário: “Tomara que o resultado seja o mesmo”, ou seja, a vitória de Portugal na final de 4 de Julho. Até lá, poderá ter de enfrentar a Croácia nos quartos-de-final, selecção à qual deixou um abraço especial por “estar a ser incansável no apoio à nossa equipa”.

Primeira parte "fantástica" para Deco
Igualmente satisfeito estava o Melhor em Campo da Carlsberg, Deco, que minimizou o facto de Portugal ter falhado muitos golos na fase final do encontro. “É sinal que criamos muitas oportunidades, também, e é bom que assim seja”. Sobre a actuação portuguesa, o “playmaker” do FC Porto considerou que a selecção efectuou uma primeira parte “fantástica”, na qual mereceu o golo, mas este apenas surgiu com a entrada de Nuno Gomes. “Depois, a equipa justificou a vitória. Portugal já esperava uma Espanha forte. O adversário é que não esperava um Portugal forte”.

Golos insuficientes para a Espanha
O seleccionador da Espanha, Iñáki Sáez, estava conformado com a derrota e apenas lamentou “os poucos golos apontados” pela sua selecção, justificando o seu comentário com o facto de a equipa “ter sido eliminada com os mesmos pontos da Grécia, mas em desvantagem quanto aos golos marcados”. Também, não foi, no entender de Sáez, culpa da defesa. “O problema foi mesmo não termos marcado mais golos. Não só agora, mas nos dois outros jogos também. Perdemos o apuramento também por consentirmos o golo do empate com a Grécia e, depois, não termos conseguido marcar outra vez”.