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Portugal sem vencer

Portugal 2-2 Suécia
Portugal voltou a não vencer uma equipa finalista, numa partida onde o “coração” português foi traído pelo aproveitamento sueco.

Por Jorge Miguel Vicente

Portugal 2-2 Suécia
Pouco mais de 14 mil pessoas apoiaram a equipa portuguesa no derradeiro jogo de preparação frente a uma equipa finalista do EURO 2004™. Quase dois anos depois do último encontro entre as duas selecções, Portugal voltou a não conseguir vencer uma equipa do primeiro plano europeu, numa partida onde o “coração” português foi traído pelo aproveitamento total das oportunidades concedidas ao adversário “que veio do frio”.

Procurar o golo desde o apito inicial
A vocação ofensiva dos dois conjuntos evidenciou-se desde o primeiro minuto, com Pauleta e Ibrahimovic a disporem de oportunidades para inaugurar o marcador no primeiro quarto de hora. A indefinição portuguesa sobre a responsabilidade de marcar o segundo avançado sueco libertou a “estrela” do Ájax, servido através de lançamentos longos, enquanto as oportunidades lusitanas decorreram sempre de iniciativas individuais conduzidas pela velocidade de Simão no corredor esquerdo.

A “traição” de Ricardo
Aos 17 minutos, a Suécia adiantou-se no marcador, por intermédio de Kim Källström, através de um livre a cerca de 30 metros de Ricardo. O guarda redes sportinguista não ficou isento de culpas, apesar de ter sido ser traído pelo ressalto da bola no relvado antes de entrar na sua baliza. Esta foi a única jogada onde o nº1 luso foi chamado a intervir na noite de quarta-feira, tendo sido substituído por Quim ao intervalo.

Figo comandou reacção
Após o golo sueco, Figo “pegou” no jogo, comandando a reaçcão portuguesa. O nº7 da equipa das “Quinas” assistiu Pauleta para o remate deste ao poste, aos 21 minutos, permitiu a defesa a Isaksson na transformação de uma grande penalidade cometida sobre si, aos 26 minutos, rematando ainda ao poste direito da baliza defendida pelo guarda redes do Djurgardens, à passagem da primeira meia hora do encontro.

Boa capacidade de sofrimento luso
A primeira parte foi um teste à capacidade de resposta perante a adversidade de um dia em que tudo pode correr mal. Um golo sofrido “a frio”, duas bolas no postes e uma grande penalidade desperdiçada não afectaram os jogadores portugueses, que conseguiram empatar por Pauleta, aos 32 minutos. O “ciclone dos Açores”, que completou o seu 31º aniversário, aproveitou uma “bola perdida” na área sueca para trazer felicidade aos seus companheiros.

Início “morno” de segunda parte
A etapa final começou em ritmo muito ligeiro até Rui Costa, aos 55 minutos, proporcionar a ilusão de golo às bancadas do “Cidade de Coimbra” após o seu remate passar escassos centímetros da baliza agora defendida por Magnus Hedman. Este lance devolveu a equipa portuguesa à procura do golo até às substituições operadas por Scolari, que transformaram a meia hora final num treino mais táctico.

Plano B para o quarto de hora final
A transformação da selecção portuguesa iniciou-se aos 62 minutos, com a entrada de Boa Morte, Nuno Gomes e Cristiano Ronaldo, a que se juntaram, quatro minutos depois, Fernando Meira e Hugo Viana. Aos 75 minutos, Postiga finalizou a mudança para o plano B, recuando Frechaut, que tinha entrado ao intervalo para o meio campo, para a posição de defesa direito. O 4x4x2 lusitano revelou algumas dificuldades de entrosamento entre os sectores, perante uma equipa sueca exclusivamente dedicada ao contra-ataque.

Rui Jorge infeliz
No regresso à competição após a divulgação do controlo positivo de uma substância proibida, o lateral esquerdo foi alvo de várias manifestações de carinho por parte do público presente. Pelo que tinha feito até então, Rui Jorge não merecia tamanha desfeita da bola oficial do UEFA EURO 2004™, que foi encontrar o seu corpo antes de entrar pela segunda vez na baliza lusa, aos 87 minutos, na consumação da eficácia sueca, que construiu o seu resultado no aproveitamento de dois erros dos jogadores portugueses.

Nuno Gomes imita suecos
Nuno Gomes reforçou a boa forma que vem evidenciando no Benfica, conseguindo o golo do empate, já nos descontos da partida, através de um bom cabeceamento após canto marcado na direita, aproveitando a única oportunidade que dispôs nos minutos que esteve em campo.

Boa Morte aproveitou oportunidade
O avançado do Fulham FC, aproveitou a oportunidade para “mostrar serviço” na ala esquerda do ataque, conseguindo chegar várias vezes à linha de fundo graças à sua capacidade de drible em velocidade. No sentido contrário esteve Cristiano Ronaldo e Hélder Postiga, que não conseguiram repetir o “futebol vistoso” apresentado pelos seus companheiros na etapa inicial.

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